Benjamin
Lev Kweller, nasceu em San Francisco, mudando-se alguns meses
mais tarde para a pequena cidade de Greenville, no estado
do Texas.
Ben era uma criança
tímida, escoteiro condecorado, e desde muito pequeno
tinha aulas de piano, o que o levou a tocar e escrever canções
desde os oito anos de idade. Diz-se que Nils Logfren, guitarrista
de Bruce Springsteen, era um grande amigo de seus pais, sendo
presença constante na casa do garoto.
Ainda criança, Ben participou de vários concursos
de caça-talentos, e com apenas nove anos de idade,
ganhou menção honrosa em uma competição
anual de novos compositores, promovida pela Billboard.
No aniversário de doze
anos, ganhou sua primeira guitarra, formando então
as bandas Green Eggs & Ham, Foxglove, que não vingaram.
Em 1993, com apenas treze anos, formou o "Radish",
com a qual alcançaria o sucesso. Em 1994, o baterista
John Kent, de 14 anos de idade, se juntou ao grupo, e no mesmo
ano gravaram o EP "Hello" e o álbum "Dizzy".
Nesta época, muitas
bandas de adolescentes assinavam contratos com importantes
gravadoras. Em plena "febre" do grunge, Kurt Cobain
havia se suicidado, e o rock "alternativo" estava
em alta. Uma banda Australiana chamada Silverchair, que tocava
o tal do "pós-grunge", começava sua
carreira, e a mídia os declarava a "nova sensação"
do rock.
Um ano mais tarde, o Radish
foi descoberto por um empresário e produtor chamado
Roger Greenawalt, com quem gravaram algumas demos, e seguindo
o conselho dele, chamaram o baixista Bryan Blur, dez anos
mais velho que os demais, para fazer parte da banda.
Começaram a divulgar
as demos, e inesperadamente, surgiram inúmeras propostas
de grandes gravadoras. Em 1996, assinaram com a gravadora
Mercury, e junto aos produtores Sean Slade e Paul Q. Kolderie,
deram inicio à gravação do álbum
de estréia. No ano de 1997, foi lançado o "Restraining
Bolt".
Com o álbum "Restraining
Bolt", o Radish fez turnê por vários estados
americanos, lançaram o hit "Little Pink Stars",
com o qual alcançaram o Top 40 Inglês, participarão
de programas populares na televisão americana, como
os talk-shows de Conan O'Brien e David Letterman...
Tudo ia muito bem, mas por
insatisfação de Kweller, a banda se desfez no
ano de 1999.
Inspirado pela cena alternativa
de New York, Ben Kweller mudou-se logo em seguida para lá,
com a intenção de lançar-se como artista
solo, onde fez shows em bares, e gravou um despretensioso
álbum independente, chamado "Freak Out, It's Ben
Kweller!".
Este álbum, já registrava uma grande mudança
no som de Kweller, onde ele mostrava suas influências,
que foram escondidas em sua antiga banda. Bob Dylan, Beatles
e REM são influências óbvias neste disco,
que inclui uma paródia do Vanilla Ice, chamada "Bk
Baby".
Abrindo para vários
artistas importantes da cena alternativa (Evan Dando, Juliana
Hatfield, Jeff Tweedy and Guster...), Ben fez uma grande amizade
com Evan Dando, chegando a morar uns tempos com o rapaz.
Em uma destas turnês, Ben conheceu Dave Matthews, que
ficou tão impressionado com o som de Kweller, que o
levou para o seu selo, um selo subsidiário da BMG chamado
ATO.
Em 2001, Ben Kweller gravou um EP chamado: "EP Phone
Home", que continha 5 faixas e viria a ser a prévia
do seu novo som.
No
mesmo ano, Ben Kweller lançou seu disco de estréia:
"Sha Sha". Gravado em New York, durante o
verão de 2001, com o produtor Stephen Harris,
que já havia produzido bandas como U2 e Dave
Matthews. O disco conta com onze faixas, e mostra um
Ben Kweller mais maduro musicalmente, com grandes influências
no folk e no rock alternativo norte-americano, do qual
hoje faz parte. |
Ben Kweller num momento
" strokes streetwear"
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Com este
disco, Ben Kweller vêm crescendo na cena alternativa
americana e adquirindo o respeito da crítica e de muitos
artistas importantes. Para divulgar seu primeiro álbum,
Ben esteve em turnê ao lado dos Strokes e posteriormente
rodou pelos Estados Unidos, Europa e Austrália ao lado
de diferentes bandas.
Foi durante a turnê australiana em 2003 que surgiu o
projeto The Bens, unindo Ben Kweller e os músicos Ben
Folds e o australiano Ben Lee. A parceria rendeu o EP "The
Bens" trazendo quatro músicas, que foi vendido
apenas na turnê, esgotando todas as 3.500 cópias.
O segundo álbum de Ben Kweller, "On My Way"
foi lançado em 2004, com produção de
Ethan Johns (Ryan Adams, Counting Crows). O estúdio
de gravação foi preparado com todos os instrumentos
no mesmo ambiente e Ben não usou headphones durante
as gravações, recriando métodos de gravação
dos anos 60. O resultado de fato relembra a sonoridade de
discos antigos, até a capa reflete isso. "On My
Way" teve boa repercussão e reafirmou as qualidades
mostradas no primeiro álbum. A partir de composições
simples, o disco passeia por estilos diferentes mostrando
rocks com a vibração de um disco ao vivo, como
em "Ann Disaster" e "The Rules", baladas
com arranjos mais elaborados como "Different But The
Same" e boas canções pop como "My
Apartment".
Os planos para o futuro imediato envolve muita turnê,
Ben Kweller deve excursionar durante boa parte de 2004 e 2005
levando o repertório de "Out My Way" para
a estrada.
César N.
atualizado
em jun/2004 por Alexandre Luzardo
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