O
Candlebox logo em seu primeiro disco, conheceu o topo para
logo em seguida sumir das paradas de sucesso. Uma banda fortemente
atacada pela crítica, o Candlebox apareceu em meio a explosão
do grunge e conquistou seu próprio espaço com sua música fortemente
influenciada por Led Zeppelin e o rock 'n' roll dos anos 70,
mas que era bem parecido com o som de bandas como Pearl Jam,
Soundgarden e Alice In Chains. Depois, com a queda na popularidade
e freqüentes trocas na formação, o grupo decretou seu final
em junho de 2000.
Formação:
O Candlebox foi formado em Maio de 1991 quando Kevin Martin
(vocal) e Scott Mercado (bateria) resolveram formar sua própria
banda junto com o baixista Perry Alferness. Eles ficaram sem
um guitarrista até que um amirgo sugeriu Peter Klett. As coisas
andaram rápido, Peter trouxe a base para "Pull Away",
"Change", e "Don't You", que viriam a
ser as primeiras composições da banda. Nos ensaios seguintes,
o baixista Perry é dispensado e Peter passa a ensaiar com
mais freqüência até entrar definitamente na banda em Novembro
de 1991. No mês seguinte, a banda consegue um baixista definitivo,
Bardi Martin, que havia estudado no mesmo colégio que o vocalista
Kevin. Bardi ensaiou algumas vezes e construiu a linha de
baixo de "You" e "Far Behind". Naquela
época, a banda ainda não tinha um nome definitivo. Na procura
de um nome, eles chegam até uma música da banda Midnight Oil,
chamada "Tin Legs and Tin Mines", que tinha um trecho
da letra que dizia "boxed in like candles", com
um pequeno jogo de palavras, estava decidido o nome da banda
seria Candlebox.
De início, o Candlebox teve alguma dificuldade para conseguir
destaque na concorrida cena de Seattle. Os espaços para tocar
em clubes eram muito disputados. A banda e seu primeiro empresário,
Chris Banks, venderam alguns pertences pessoais para conseguir
o dinheiro para gravar a primeira demo em estúdio, na intenção
de ganhar mais divulgação a partir daquela gravação. Os resultados
foram bastante positivos, e logo em seguida a banda passou
a fazer shows com freqüência. Em pouco tempo, todas as cópias
disponíveis da fita demo haviam sido vendidas nas lojas locais
e algumas cópias chamaram a atenção de representantes de gravadoras,
que passaram a assediar a banda.
Essa disputa das gravadoras pelo Candlebox foi muito positiva
para a banda, que via aumentar as chances de ganhar exposição,
mas por outro lado, gerava crítica de alguns setores de que
o Candlebox estaria tentando "pegar carona" no grunge,
ao seguir o estilo em busca do sucesso. No entanto, seus integrantes
sempre afirmaram em entrevistas que não se consideram uma
banda grunge. Todos os membros do Candlebox são da região
de Seattle, contrariando informações que circularam na imprensa
de que a banda teria sido formada em Los Angeles e se mudado
para Seattle.
O primeiro
disco e a conquista das paradas:
Ainda em 1992, a banda acabou assinando contrato com
a gravadora Maverick Records (de propriedade de Madonna
em sociedade com a Warner Music) e imediatamente entrou
em estúdio para gravar seu primeiro álbum com o ajuda
do produtor e amigo Kelly Gray. Duas das músicas da
fita demo também entraram no CD, "You" e
"Far Behind". O primeiro lançamento da banda
foi o single "Change" em junho de 1993,
que foi também o primeiro videoclip, gravado em Portland.
O álbum, auto-intitulado Candlebox chegu as lojas
em julho de 1993, recebendo críticas bastante divididas.
|
Candlebox: preparado para o sucesso |
No entanto, como o Candlebox foi uma das
primeiras contratações da gravadora Maverick, a banda conseguiu
assegurar uma boa divulgação para o seu trabalho, e com a
ajuda do segundo single, "You", em outubro de 1993,
a vendas do disco alcançaram as 500 mil cópias. Com o lançamento
da balada "Far Behind", em fevereiro de 1994, o
Candlebox conheceu o topo, o álbum conquistou disco de platina
(1 milhão de cópias) e o videoclip ficou três semanas consecutivas
no primeiro lugar da MTV.
Ainda foi lançado mais um single do álbum Candlebox, outra
balada, "Cover Me", que também fez bastante sucesso.
Em meio ao sucess repentino, o Candlebox tocava em turnês
com bandas do calibre de Rush e Metallica, além de participar
do festival Woodstock '94, sendo a única banda do festival
que naquele momento estava entre as dez mais vendidos na parada
da Billboard. No final de 1994, o disco Candlebox atingia
a marca de 3 milhões de cópias vendidas.
O segundo disco:
Em 1995 a banda retornou ao estúdio para gravar seu
segundo álbum. Depois de oito semanas de gravações,
o resultado foi "Lucy", lançado em outubro. O primeiro
single foi "Simple Lessons", que não teve boa aceitação
de público. O próprio disco sofreu críticas pesadas da imprensa,
que o considerou sem identidade e com melodias muito fracas
e não memoráveis. O segundo single deste álbum foi "Understanding"
que teve um videoclip dirigido pelo prestigiado diretor Gus
Van Zant. O video não trouxe muito fôlego ao disco, que logo
despencou nas paradas, tendo vendido 500 mil cópias, o que,
apesar de ser um bom número, foi considerado um fracasso em
virtude do desempenho do álbum anterior.
Happy Pills e o fim da banda:
Depois de um tempo inativa, a banda remota as atividades de
composição das músicas de seu terceiro
álbum em setembro de 1997. O objetivo desta vez era
trabalhar mais tempo nas músicas e ficar bastante tempo em
estúdio.
Mas houveram problemas. O baterista Scott Mercado, que já
vinha se interessando por outros projetos, resolve deixar
a banda definitivamente para tocar jazz. A banda chegou a
fazer alguns ensaios com o baterista Matt Sorum (ex-Guns N'
Roses), mas acabou fechando com Dave Krusen, ex-Pearl Jam.
A banda parecia estar numa estagnação criativa, na medida
em que tinha dificuldade em compor material novo, e a mudança
na formação deu um novo gás ao grupo.
O novo álbum, Happy Pills foi lançado apenas
em julho de 1998, passando despercebido pela mídia e obteve
baixa vendagem.
A banda seguiu tocando em frente, para a nova turnê
foi chamado o guitarrista Robbie Allen (Spider), com o objetivo
melhorar a pegada do som.
Mas durou pouco, em fevereiro de 1999, Dave Krusen anunciou
que estava saíndo do Candlebox, pois não tinha interesse em
continuar com as turnês. A banda cancelou alguns shows até
que conseguisse um novo baterista, mas um novo choque acontece
quando o baixista Bardi Martin também resolve sair. Bardi,
que estava no Candlebox desde o início, disse que queria retomar
a faculdade. Kevin Martin e Peter Klet decidiram continuar
e chamaram o baterista Shannon Lerkin e o baixista Rob Redick
para concluir a turnê de Happy Pills.
A turnê continuou bem e a banda parecia revigorada. Mas assim
que a turnê foi finalizada, Peter Klett também decide sair,
deixando Kevin Martin como o único membro original. Kevin
entrou em estúdio com Spider e Rob com a intenção de compor
músicas para o quarto disco do Candlebox. Um total de 32 músicas
foram compostas nesse período de ensaios.
Kevin Martin: o
último integrante original |
Mas não
havia futuro. Em junho de 2000, Kevin anuncia que, não
iria continuar sua carreira usando o nome Candlebox
e rompeu com a Maverick, estabelecendo seu próprio selo,
Tympanic Records.
A retomada de sua carreira se deu com o álbum
"Possibility of Being", lançado em
2003 ao lado de sua nova banda, The Hiwatts. |
Alexandre Luzardo |