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Apesar
do vocalista Layne Staley ter sido o grande nome do
Alice in Chains, quem realmente alimentava as composições
da banda atende pelo nome de Jerry Cantrell. O excelente
guitarrista do extinto grupo acertou mais uma vez
a mão e em seu segundo álbum solo presenteia a todos
que sentem saudades do Alice in Chains. |
São
músicas fortes e intensas, carregadas de guitarras pesadas
e arranjos fantásticos, característica de Jerry presente
em todos os seus trabalhos. A começar por Psychotic Break,
que abre o disco e demonstra logo de cara o ambiente sombrio
que envolve este álbum.
Os destaques desta obra-prima ficam por conta de Anger Rising,
uma canção raivosa, a meia balada Angel Eyes (cujo início
lembra um pouco Polly do Nirvana), Chemical Tribe (perfeita
no quesito alternância de momentos tranqüilos e pesados)
e Mother's Spinning in Her Grave e She Was My Girl, que
têm um levada mais punk.
Outro ponto positivo de Degradation Trip é o apurado vocal
de Jerry, que vêm aperfeiçoando muito sua técnica de cantar
desde os tempos de Alice in Chains. A presença do ex-baterista
do Faith No More, Mike Bordin, é uma contribuição valorosa
na energia fluente das composições.
Em Degradation Trip, Jerry mostra que o Alice in Chains
é coisa do passado mas que sua essência ainda corre em suas
veias (tanto que dedicou este álbum ao amigo falecido Layne
Staley). Altamente recomendado para todos que gostaram de
seu disco de estréia, Boggy Depot, e que sentem nostalgia
por aquilo que um dia foi chamado pela indústria fonográfica
de "grunge".