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O Placebo
apareceu em 1996 com um disco que tinha uma levada pop/punk
bem acentuada, mas no seu segundo disco, "Without
You I'm Nothing", eles mostram que podem ir além
disso. Esse disco é mais introspectivo, mais
sombrio e atmosférico, com mais baladas e canções
com belas melodias. |
O álbum começa
com uma música bem sombria, chamada "Pure Morning",
que teve seu clipe exibido à exaustão na MTV.
De acordo com Brian Molko (vocalista e guitarrista), essa
é uma música que fala de amizade. Já
na segunda faixa, "Brick Shithouse", a banda volta
a explorar seu lado punk. A música fala, de acordo
com Brian, de um fantasma que vê seu antigo namorado(a)
com outras(os) amantes, e tem ritmo e um refrão bem
empolgante.
"You Don't Care About
Us" é a terceira faixa, e é também
uma das melhores do disco, com uma tocante levada pop (no
bom sentido). Possui uma excelente melodia e a parte instrumental
é simples mas muito empolgante e bem tocada. "Ask
for Answers" e "Without I'm Nothing" são
duas belíssimas baladas, com destaque para a última.
As duas falam do tema preferido de Brian: o amor e as relacionamentos
entre homens e mulheres, sempre com um acento mais triste.
Depois vem "Allergic", possivelmente a melhor do
disco. Muito bonita e contagiante do início ao fim,
com um excelente trabalho de guitarras e um refrão
que demora para sair da cabeça.
Depois disso, a banda continua
mantendo o ritmo, alternando baladas (como "The Crawl"
e "Summer's Gone") e outras mais alegres e com levadas
mais pops (como "Every You Every Me" e "Scared
of Girls"). Destaca-se também uma faixa escondida
ao final do álbum, que é uma música apenas
instrumental e bem sombria.
No final, um excelente disco,
com melodias simples, mas extremamente bem construídas
e bonitas, e com muitas passagens climáticas e tristes
(principalmente nas baladas), que dão ao álbum
um certo tom gótico, fazendo a banda parecer uma ótima
mistura de Nirvana com The Cure. Mas eles já mostraram
ter competância para seguirem a carreira sem precisarem
ser comparados a ninguém, sendo mais do que uma promessa
para o rock alternativo do século 21. |