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Review: Amnesiac

avaliação:

Uma volta aos tempos de The Bends? Músicas normais e "comerciáveis"? Não, nada disso. Amnesiac poderia se chamar perfeitamente "Kid B". É únicamente a continuação da obra-prima lançada em 2000. E assim como Kid A é outro grande disco. Mas sem o mesmo impacto, o que força o Radiohead a tentar alguma coisa diferente, ou tenderá a ficar estagnado. Mas como qualquer obra de Thom Yorke é obrigatório. Faixa-a-faixa:

PACKT LIKE SARDINES IN A CRUSHD TIN BOX: A perfeita continuação de "Everything In It's Right Place". Versos repetidos, vocais estranhos e uma batida completamente inovadora.

PYRAMID SONG: Um canção bem mais normal. Levada de forma perfeita por Thom no piano, foi o primeiro single de Kid A. Essa música é tocada pela banda desde 99, na turnê de OK Computer, quando se chamava Nothing To Fear. Depois passou para "Egyptian Song" e, finalmente, "Pyramid Song".

PULL/PULK REVOLVING DOORS: Efeitos sonoros bizzarríssimos, pura esquizofrênia. Os vocais são feitos num vocoder, como na faixa-título do anterior. De longe a mais absurda de Amnesiac.

YOU AND WHOSE ARMY: Uma balada estranha, mas que poderia perfeitamente estar em OK Computer. Melancolia total!

I MIGHT BE WRONG: Um ótimo riff (sim, de guitarra) e uma boa batida eletrônica. Cabe como uma evolução de "Idioteque" (apesar desta ser insubstituível).

KNIVES OUT: Aqui sim, o velho Radiohead. Guitarras, violões, nada de loops. Balada perfeita, clássico maior de Amnesiac. Boa pra quem tem saudades de "Let Down".

MORNING BELL/AMNESIAC: Mesma canção de Kid A, mas numa versão retrabalhada e ainda melhor. Vocais irretocáveis.

DOLLAR AND CENTS: Pura psicodelia para o século 21. Uma mostra do nível eterno que o Radiohead está mostrando que vai atingir, é qualidade demais. O Radiohead cria o novo rock progressivo.

HUNTING BEARS: Instrumental curtinha, é um pouco mais estranha do que "Treefingers", de Kid A. Mas é bem legal.

LIKE SPINNING PLATES: Sensacional!!! A pérola escondida do disco. Foi feita por cima de uma antiga canção da banda, I Will, que não havia sido lançada e fica tocando no fundo da música. Isso causa um efeito amedontrador de tão bonito. Vale demais ser conferida

LIFE IN A GLASSHOUSE: Puro jazz, com a presença do saxofonista Humphrey Lyttleton. Os metais rolam fortes aquio, incrivelmente. A banda soa como aquelas big bands dos anos 30. Um dos maiores destaques de Amnesiac.

Resumindo: Apesar de não ser tão perfeito quanto o único Kid A, é um disco do Radiohead, o que já o torna necessário. Tem algumas sacadas geniais e imprevisíveis. Bem ao estilo de Thom Yorke.

Jonas Lopes