Esta é a versão antiga da Dying Days. A nova versão está em http://dyingdays.net. Estamos gradualmente migrando o conteúdo deste site antigo para o novo. Até o término desse trabalho, a versão antiga da Dying Days continuará disponível aqui em http://v1.dyingdays.net.


arquivo
letras traduzidas
Home | Bandas | Letras | Reviews | MP3 | Fale Conosco
A Banda:
Super Furry Animals
Formação: Cardiff, País de Galês, em 1993

Huw Bunford: guitarra
Dafydd Ieuan: bateria
Gruff Rhys: vocal
Guto Pryce: baixo
Cian Ciaran: teclado

Biografia:

O Super Furry Animals foi concebido em 1993, na cidade de Cardiff, no País de Gales (pequeno país que fica na Grã-Bretanha, fazendo fronteira com a Inglaterra). Seus cinco integrantes, Gruff Rhys, Huw "Bunf" Bunford, Guto Pryce, Cian Ciaran e Dafydd Ieuan (irmão de Cian) tinham já um passado musical. Todos eles já haviam participado anteriormente de outras bandas; em especial o líder Gruff Rhys, que fizera parte do Emily e do Ffa Coffi Pawb, grupos que chegaram a ter certo reconhecimento no País de Gales. Inclusive, juntos, Dafydd Ieuan, Gruff Rhys e Guto Pryce estiveram em uma banda de música eletrônica chamada Anhrefn - estilo que viria a ser forte influência no som do Super Furry Animals. O nome inusitado teve como inspiração camisetas que a irmã de Gruff fazia para o Acid Casuals, grupo artístico que trabalhava com moda. Certas estampas vinham com "Super Furry Animals" escrito, que acabou sendo adotado como nome da banda.

Devido a uma certa rodagem de seus membros, não demorou para que o Super Furry começasse a chamar a atenção, e, em 1994, eles estavam de contrato assinado com a Ankst, famoso selo independente galês. Através da Ankst, no ano seguinte, lançaram seu primeiro registro, o EP "Llanfairpwllgwyngllgogerychwyrndrobwllynyngofod (In Space)", cantando em galês. Ainda em 1995 saiu o segundo EP, chamado "Moog Droog". Os dois disco foram produzidos por Gorwel Owen.

1995 transcorreu com a banda fazendo shows, tornando-se idolatrada no País de Gales, e começando a se aventurar fora de sua pátria também. Uma ida à Inglaterra no fim do ano rendeu um grande passo para o Super Furry Animals: depois de serem assistidos por Alan McGee, dono e chefe da Creation Records (que já abrigou gente do calibre de Jesus & Mary Chain, Primal Scream, My Bloody Valentine, Ride, Teenage Fanclub, Primal Scream e Oasis), a banda conseguiu um contrato de seis discos com o selo. Os trabalhos para o primeiro deles iniciaram-se rapidamente.

"Hometown Unicorn" e "God! Show Me Magic" foram os primeiros singles (ambos se tornaram "Single of the Week" no semanário inglês NME) do aguardado debut do Super Furry Animals, que saiu finalmente em maio de 1996. "Fuzzy Logic" foi aclamado pela crítica e pela base de fãs que a banda já possuia, mas não chegou a sensibilizar o grande público. Mais alguns singles saíram em 1996 (incluindo "The Man Don't Give A Fuck", em novembro, que traz samples de Steely Dan) e, no ano seguinte, a banda já estava trabalhando no sucessor de "Fuzzy Logic".

Em julho de 1997, o single "International Language Of Screaming" precedeu o segundo LP, "Radiator", lançado em agosto. Novamente a crítica elogiou em uníssono o trabalho do Super Furry Animals, e o álbum chegou a emplacar uma boa colocação nos charts de mais vendidos. No entanto, ele não manteve o ritmo, o que começou a levar muitos a pensarem que o som não exatamente convencional do grupo galês não tinha receptividade dentro do público médio britânico.


Super Furry Animals ao vivo, com Gruff à frente
Em 1998, a banda se uniu novamente ao produtor Gorwel Owen e gravou o EP "Ice Hockey Hair". Em novembro do mesmo ano, saiu a coletânea de b-sides "Out Spaced". No ano seguinte, a banda mostrou que não estava intimidada com as expectativas que não vinham se concretizando, e continuou seu caminho. Em maio, o single "Northern Lites" preparou o tapete para "Guerrilla", que viria a ser lançado em junho, o mais experimental dos lançamentos do Super Furry Animals até então ("We tried to do a pop album, but it just ended up that way", disse Gruff certa vez).

A banda partiu para participação em diversos festivais de verão no circuito EUA-Europa. Mais dois singles de "Guerrilla" foram lançados, "Fire In My Heart" e "Do Or Die", este último já no ano 2000.

Neste que foi o último ano do século XX, a Creation Records fechou suas portas (Alan McGee resolveu iniciar um novo selo, a Poptones) e o Super Furry Animals foi obrigado a bancar seu novo disco, "Mwng", através de seu próprio selo, o recém criado Placid Casual. O desafio era maior ainda se levarmos em consideração que o álbum, apesar de não ser tão experimental quanto "Guerrilla", era totalmente cantado em galês. Somente um single, "Ysbeidiau Huelog", de tiragem limitada, foi lançado.

Em 2001 a banda assinou com a Epic e, assim, pôde lançar tranqüilamente o seu novo disco, o quinto da carreira do Super Furry Animals. "Rings around the World" fez grande sucesso entre crítica e, finalmente, público. No ano seguinte, a banda passou boa parte na estrada, colhendo os louros de seu sucesso em diversos shows e festivais pelos EUA e Europa, e lançando três novos singles de seu mais recente trabalho.

Em julho de 2003, aproveitando o bom momento, a banda já emendou outro disco bem sucedido. "Phantom Power", produzido pelo brasileiro Mário Caldato Jr (Beastie "'Cause At The Boards Is The Man They Call The Mario" Boys), traz a banda um pouco mais sossegada e madura. Entre o lançamento e abril de 2004, a banda colocou três singles no mercado, dentre eles, "Slow Life", de tiragem limitada. 2003 marcou também a primeira vinda da banda ao Brasil, participando do Tim Festival. O grupo galês foi aclamado quase que em unanimidade como sendo o autor do melhor show do evento.

Em 2004, um disco de remix chamado "Phantom Phorce" e a coletânea "Songbook: The Singles" foram lançados para aproveitar o bom momento e fazer os membros da banda embolsarem alguma coisa. Na estrada, destaque para a turnê americana ao lado do Papa M. A folga na agenda permitiu também que Gruff trabalhasse em seu primeiro disco solo, que seria lançado em janeiro do ano seguinte, sob o título "Yr Atal Genhedlaeth".

Nos EUA, em 2005, os fãs dos Furries foram presenteados com o relançamento dos discos "Fuzzy Logic", "Radiator", "Guerilla" e "Mwng", todos com b-sides de bônus. Foi um ano cheio: além de participar do projeto "Under The Influence" (algumas das bandas homenageadas foram Beach Boys, Undertones, Gorky’s Zygotic Mynci, Sly and the Family Stone e MC5), foi ano de LP novo. Em agosto, o single "Lazer Beam" anunciou a proximidade do lançamento "Love Kraft", que saiu poucos dias depois. O álbum foi gravado parte na Espanha e parte no Brasil, tendo sido mixado novamente por Mário Caldato Jr., e traz a banda novamente trabalhando mais com bases acústicas e canções contemplativas, assim como no disco anterior "Phantom Power", talvez com um pouco mais de pitadas de loucura Furryana do que aquele. Para alguns, o álbum decepciona um pouco por não apresentar novidades com relação ao anterior, uma constante na carreira do Super Furry Animals até então. Bem, gravar um disco similar ao anterior não deixa de ser uma novidade para eles, certo?

Fabricio Boppré
jan/2006

Discografia:
Disco Ano
Fuzzy Logic 1996 (Creation)
Radiator 1997 (Creation)
Guerrilla 1999 (Creation)
Mwng 2000 (Placid Casual)
Rings Around the World 2001 (Epic)
Phantom Power 2003 (Epic)
Love Kraft 2005 (Epic)
Coletâneas, EPs e outros Ano
Llanfairpwllgwyngllgogerychwyrndrobwllynyngofod (In Space) EP 1995 (Ankst)
Moog Droog EP 1995 (Ankst)
Ice Hockey Hair EP 1998 (Creation)
Out Spaced 1998 (Creation)
Phantom Phorce 2004 (Epic)
Songbook: The Singles 2004 (Epic)