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O que andamos ouvindo?


 
Na vitrola de Lopes

Pink Floyd - Relics (1971)

Meu conhecimento em Pink Floyd era basicamente o disco ao vivo P.U.L.S.E. e algumas coisas que eles registraram durante a década de 80. Acabei pegando esse "Relics" ao acaso, apenas para gravar em CDR para alguém que tinha o mesmo em vinil há anos e não encontrava em CD. Trata-se de uma coletânea dos primeiros anos do Pink Floyd, e é um discaço! Resultado: "Bike", do Syd Barret, grudou na minha cabeça e me atormenta há quase três dias seguidos... Além desta, destaco "Arnold Layne" (uma possível ode a um travesti) e "The Nile Song" (a música mais pesada que eu já ouvi do Floyd). Me fez criar mais curiosidade em torno desta fase mais bicho-grilo da banda...




 
Na vitrola de V.M.

The Mars Volta / "Frances The Mute" (2005): Não adianta. Se "De-Loused In The Comatorium" não fazia a tua cabeça, não vai ser o "Frances The Mute" que vai te fazer gostar do The Mars Volta. Vou mais longe: se tu gostavas do debut deles, TALVEZ tu gostes do disco novo. O The Mars Volta segue sendo ele mesmo com muito empenho sonoro e uma busca por mergulhar no próprio umbigo, resultando em faixas convencionais intercaladas por longos trechos de ruidos (punhetagem, para os detratores). O efeito é interessante, já explorado no álbum anterior: quando tu estás prestes a encher o saco, eles entram com uma música propriamente dita com tudo o que a banda tem de bom. O uso do espanhol é ótimo, ajuda a empurrar as faixas para longe do convencional. A instrumentação é vigorosa e o vocal do Cedric está ótimo. Um disco cheio de excessos, vide o tracklisting, mas que em momento algum peca em entregar o que o fã pudesse solicitar.

Zwan / "Mary Star Of The Sea" (2003): Senti que precisava trazer esse disco de volta e acabei descobrindo que, longe de ser perfeito, ele é muito melhor do que a maioria das coisas que têm aparecido por aí. Embora o Bolly Burke não tenha emplacado os seus melhores momentos e tenha colocado algumas coisas fraquinhas ("Desire" e "Jesus I" são bem chatas) , algumas faixas têm o grande tino pop do careca em estado bruto. "Ride A Black Swan", "Endless Summer" e "Declarations Of Faith" são bons exemplos. A verdade é que o Zwan tinha pelo menos uma dezena de outras faixas muito boas que não entraram em MSotS e que vão sobreviver nos bootlegs. Uma pena, pois MSotS não representa muito bem o que a banda tinha de melhor. Acho que o Bolly pisou na bola na hora de conciliar expectativas, material disponível e formato comercial da banda. Ninguém entendeu muito bem qual era a deles. Mas o disco ficou e dá um bom dum caldinho.




 
Na vitrola de Fabricio Boppré

Nos últimos dias tenho sentido vontade de ouvir sons tranquilos, acústicos, na manha, sem gritaria ou barulho. Deve ser porque estou de emprego novo, e o ambiente lá é totalmente diferente do ambiente da empresa onde eu trabalhava anteriormente. Lá imperava o stress, a pressão, a tensão, enquanto que nesta empresa nova, existe uma harmonia e uma tranquilidade tal que eu achava que nunca veria em uma empresa de TI, e que tem bem mais a ver comigo. Mas esses detalhes não interessam, então vou citar aqui dois dos discos mais legais que tenho ouvido nesta fase:

Iron & Wine / "Our Endless Numbered Days" & Neil Young / "Silver and Gold":
Em ambos predominam a sutileza e o som do violão, e o legal é que os dois autores não precisam muito mais do que isso para fazer boa música. O do Neil Young é mais folk, mais tradicional e despojado, com gaitinha e tal, enquanto que o do Iron & Wine é mais direcionado, mais melancólico. Apesar dessa pequena divergência, são excelentes em igual medida para quem está querendo ouvir coisas de alguma maneira sincronizadas com uma certa paz de espírito, sons que não alteram o ritmo de pensamentos desta natureza. O do Iron & Wine ainda tem a belíssima capa como diferencial, bem a ver com o espírito da coisa. E o do Neil Young, bem, mesmo sendo um disco que passou meio desapercebido (característica comum a quase todos seus álbuns pós-"Mirrorball"), ainda assim é um disco do Neil Young.




 
Na vitrola de Lopes

Drosóphila - Pastilha Efervescente

Na verdade, "Pastilha Efervescente" não é o título definitivo do novo disco da Drosóphila, mas eu não poderia deixar passar mais uma oportunidade para falar deste álbum. O trio santista, que tem seu som associado ao powerpop, adicionou mais uma guitarra em sua formação, deixando a banda mais pesada e concisa. Para quem já estava acompanhando os últimos shows, ficou evidente a evolução musical da banda em relação ao primeiro disco: letras e instrumental mais elaborados e os já característicos vocais femininos açucarados com melodias ainda mais grudentas. Impossível ouvir "Alta Ansiedade", "Tão Mutável, "Pastilha Efervescente" e "RN" e não ficar com pelo menos uma destas melodias grudada na cabeça por horas (até dias). Infelizmente, ainda não existe previsão para lançamento oficial, mas quem quiser pode ter uma amostra em www.tramavirtual.com/drosophila ou em breve aqui na seção de mp3 da Dying Days mesmo!

Queens of the Stone Age - Lullabies to Paralyze

Sim, o novo do QotSA já vazou na Internet. Um disco com o "certificado de qualidade Josh Homme" já garante bons riffs guitarreiros e arranjos viajados, mas quem acompanha a banda desde "Rated R" e "Songs for the Deaf" com certeza vai sentir um pouco a falta do baixista porralouca Nick Olivieri. Chutado da banda por seu comportamento desordeiro, o careca deixou seu vocal marcado nas músicas mais explosivas do QotSA. Parece que Josh Homme tentou compensar a ausência de Olivieri em faixas com construções repetitivas para grudar na cabeça, abusando de um peso mais trampado e tentando desenvolver melhor seu próprio vocal. Mas o resultado final dificilmente ultrapassa os dois discos anteriores, que são excelentes.

The Flaming Lips - Transmissions From the Satellite Heart

Fazendo jus ao meu tradicional hábito de descobrir grandes discos tardiamente, resolvi correr atrás do Flaming Lips. Embalado pelos boatos iniciais da vinda da banda para o Curitiba Pop Festival deste ano, acabei descobrindo mais um álbum clássico do rock alternativo dos anos 90. Bebendo da psicodelia sem se ater fielmente à cartilha sessentista, o Flaming Lips adiciona espertas nuances eletrônicas em suas composições. O resultado são melodias despojadas com um certo apelo pop, como "She Don't Use Jelly", "Turn It On", e doideiras inspiradíssimas como "Pilot Can at the Queer of God", "Be My head" e "Oh My Pregnant Head".




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