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O que andamos ouvindo?
Na vitrola de Ana
Blondie - "Live" A música da Maria Aparecida. Ao vivo. Nirvana - "Sliver: the Best of the Box"Oh, the guilt! Não era material pra sair pela Geffen, mas tava barato o suficiente pra me fazer pensar que valia a pena... E p/ quem não é/foi fã, este realmente é o único argumento na defesa do álbum, o preço na hora (viva o encalhe natalino!) e o encarte. Nirvana é bom, mesmo que sejam migalhinhas novas-velhas de vez em quando. Yeah, feliz 1995 p vcs tbm.
postado por Ana em 28.12.05
Na vitrola de Fabricio Boppré
Grandaddy / "Sumday": A impressão que eu tenho é que eu não ouvi com atenção esse disco na época de seu lançamento. E fazendo isso dia desses, percebi (antes tarde do que nunca) como é bom o 3º disco do Granddady. Difícil de descrever, os caras tem uma sonoridade bem particular, sua música é branda, mansa, sem grandes arroubos, com boas melodias e efeitos sempre bem encaixados enriquecendo cada faixa. E os temas das canções são, no mínimo, curiosos. Grande álbum. Beck / "One Foot In The Grave": Nunca fui muito fã do Beck, mas aos poucos fui percebendo que sempre que o rapaz se mete a fazer coisas mais convencionais, deixando um pouco de lado as eletronices e artifícios para fazer pessoas dançarem, eu invarivelmente gosto do resultado. E todo disco dele têm perdidas no tracklist faixas desse tipo, geralmente acústicas, de levada folk. Por esse motivo "Sea Chage" é o meu preferido do Beck, mas tenho ouvido bastante esse "One Foot In The Grave", gravado em parceria com o Calvin Johnson. A diferença pro "Sea Change" é que aqui a produção é extremamente simples e descuidada (as músicas foram gravadas na garagem de Calvin), mais na linha do folk e blues mais antigo (alguns covers se fazem presente) do que aquela coisa mais requintada de "Sea Change".
postado por Fabricio Boppré em 24.12.05
Na vitrola de V.M.
Animal Collective / "Feels" (2005): Demorei para citar esse disco porque resolvi dar tempo ao tempo. "Feels" vai invariavelmente figurar nas listas internéticas das próximas semanas como um dos melhores discos do ano, assim como ocorreu com o também elogiado "Sung Tongs", seu predecessor. Concluí, na verdade, que ambos discos estão longe de causarem um esperado efeito imediato, de serem uma grande sugestão para incautos, de figurarem entre os grandes discos da década (ao contrário do, por exemplo, "Funeral"). O Animal Collective não representa uma associação rápida e efetiva, seu grande mérito está em efetivamente questionar o formato de uma canção, de propor outras alternativas e de alguma forma acomodar o ouvinte nas imprevisíveis junções de formato tradicional e experimentação (sendo o último muito mais preponderante). Embora escreva-se o contrário, não é tão simples assimilá-los conforme as resenhas vêm sugerindo, assim, "Feels" torna-se algo mais próximo da música convencional na maneira que a banda sabe fazer. Algumas faixas são bem legais, quase acessíveis ("Did You See The Words", "Grass"), mas no todo, o disco se embrenha em longas psicodelias que, se o ouvinte não estiver pilhado, vai pensar em passar para a próxima ("Bees", "Daffy Duck"). Por mais que muitas das agradáveis melodias de "Feels" teimem em ficar na cabeça após uma audição (o que é bom), sua exacerbada celebração indica que há superestimativas acontecendo, ou que 2005 talvez não tenha sido isso tudo no panorama indie. The Cardigans / "Super Extra Gravity" (2005): Depois da pisada no disco anterior, o Cardigans resolveu reatar com seu tradicional produtor (Tore Johansson) e buscar um pouco da diferenciação que representava no mundo pop dos anos 90. O disco não chega a quebrar grandes barreiras, oferecendo uma espécie de apanhado dos trabalhos anteriores da banda, mais focado na maturidade de "Gran Turismo" e na grandiloqüência sonora de "Long Gone Before Daylight". Há inclusive traços do trabalho solo de Nina Persson ("A Camp"), marcados principalmente na faixa "Overload". "Super Extra Gravity" é a iniciativa da banda em consolidar algo bem acabado, com todo o cuidado de soar um pouquinho diferente do que se tem por aí, superando o equívoco do disco anterior. Nesse sentido, a banda foi bem, produzindo um trabalho com boas e agradáveis canções. Ao mesmo tempo, não notabiliza-se por oferecer algo tão memorável quanto os discos "First Band On The Moon" e "Gran Turismo", quando os Cardigans desenvolveram uma maneira toda peculiar de dar vida ao pop. Temos um rockzinho FM divertido ("I Need Some Fine Wine And You Need To Be Nicer") e canções pops acima da média ("Drip Drop Teardrop", "Little Black Cloud"). No fechar da conta, um bom disco de uma banda cheia de vontade de criar, com o destaque para uma chanteuse cantando cada vez melhor. The Drift / "Noumena" (2005): Eu, mais uma vez, insistindo no post-rock. Mais uma banda do cast da Temporary Residence, o The Drift é um projeto paralelo de um dos caras que toca no Tarentel (como se isso situasse alguma coisa). Num ambiente que busca renovação, a banda optou pela pouca relevância das guitarras e do baixo elétrico, optando por teclados, eletrônicos, baixo acústico e trompete. Automaticamente pensa-se em jazz, e essa é realmente uma das vertentes do disco. Do mesmo modo, há uma grande dose de linguagem post-rock, o que deixa o som de "Noumena" um pouco afastado do que faz um Mono, por exemplo. Dá para concluir que nesse volumoso cast de bandas instrumentais que compõem músicas com mais de dez minutos o The Drift tenta achar sua sonoridade particular e, pelo menos, "Noumena" não deixa de ser um trabalho interessante de se escutar que não só apresenta a banda como possui conteúdo suficiente para prender a atenção.
postado por V.M. em 12.12.05
Na vitrola de Fabricio Boppré
Live/"Secret Samadhi"Nunca fui muito fã de Live e sempre ouvi falar que este "Secret Samadhi", o terceiro lançado pelos caras, era o disco que marcava o início da decadência da banda, cujos dois primeiros álbuns foram inegavelmente bem sucedidos, apesar de não causarem comoção alguma em mim. Ou seja: eu já não gostava muito, e de repente eles lançam um disco que mesmo entre quem gosta, é meio mal visto, então tinha tudo para passar totalmente desapercebido por aqui. Mas na época de seu lançamento, acabei ganhando o disco de presente, e das poucas vezes que eu o ouvi, guardava algumas boas lembranças. Mas nada que me empolgasse muito, e depois o CD ficou intacto na estante por alguns anos, até que dias desses resolvi dar uma nova chance a ele. E não é que me surpreendi? Gostei bastante da primeira metade do álbum, alguns sons são bem inspirados, como Rattlesnake, Lakini's Juice e Ghost. A segunda metade é mais fraca, lá pelo final tem uma música chamada Freaks que é horrorosa. Mas o saldo é positivo. Sonic Youth/"Dirty"Tocou bastante nos últimos dias também, na empolgação pro show do CQÉR. Confesso que achei a apresentação meio morna, mas valeu no mínimo para dizer que não morrerei sem ter visto o Sonic Youth no palco. Poderiam ter tocado mais alguns sons deste clássico (tem as famosas - 100%, Sugar Kane, Youth Against Facism, Theresa's Sound-world - mas eu queria ver mesmo é Chapel Hill, mas sei que as chances eram de menos de 1%), mas acabou rolando somente Drunken Butterfly. Mas tudo bem, dá de ouvir o disco a hora que quiser. Pearl Jam/Porto Alegre, Brasil, 2005-11-28Eu estava lá.
postado por Fabricio Boppré em 4.12.05
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