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O que andamos ouvindo?


 
Na vitrola de V.M.

Thom Yorke / "The Eraser" (2006): Não sei se perdi o momento, mas continuo achando que esse disco foi recebido com uma certa frieza por parte do fanático público do Radiohead. Parece engraçado que o Radiohead tenha feito uma força hercúlea para perturbar o ouvinte a partir de "Kid A", passando seu som por um triturador eletrônico, e tenha colhido reações curiosamente opostas. Ao invés de desvincular os recém-chegados "okcomputereanos", seus discos a partir dali só consolidaram ainda mais a horda de admiradores, por mais excêntricos que pudessem soar para os ouvidos convencionais. Por muito menos, já vi reações de empolgação plena, o que não foi confirmado quando uma informação tão surpreendente (o cara do Radiohead lança disco solo) foi divulgada.

Achei estranho porque "The Eraser" é, depois de "Kid A", a melhor combinação desse som que a banda desenvolveu com Nigel Godrich. Sai o cunho político/esquizofrêncio e entra um Yorke mais humano, que se permite aproximar um pouco mais do ouvinte. As composições, por sua vez, debruçam-se sobre os laptops tão utilizados em "Amnesiac", sem que caiam na tentação de se transformarem em quase-IDM. Mas o mais legal é a combinação de tudo isso: músicas surpreendentemente acessíveis apesar dos recursos abstratos que utilizam. Fica a impressão que de tanto que o Radiohead provocou a percepção de seus ouvintes, qualquer coisa menos desafiadora parece apenas aperitivo.




 
Na vitrola de Fabricio Boppré

Nirvana - "Unplugged in New York": Mesmo sob uma ótica apartidária, o mínimo que se pode dizer é que este disco registra uma apresentação irrepreensível. Ter estado naquela platéia deve ter sido uma experiência sem par. A performance de Kurt Cobain (nem adianta falar da banda - ali, mais do que nunca, Kurt era 99% do show) é de arrepiar. É bom vez ou outra tirar um disquinho do Nirvana da prateleira para reviver um pouco de sua música simples, honesta e única. Aliás, em tempos de [coloque aqui o hype que lhe é mais conveniente], isso é até uma questão de saúde. Pena que depois não tem como não ficar se perguntando (e lamentando) como seria o mundo se o Nirvana ainda existisse...

Walkmen - "A Hundred Miles Off": Ok, essa é uma das bandas que alguém pode ter escolhido para colocar entre as chaves ali em cima. Mas eu gosto bastante. Esse terceiro disco deles é bem estranho, já ouvi algumas vezes e ainda não consegui captá-lo, mas tem algo nele que sempre me deixa com vontade de ouvir novamente. Talvez seja uma impressão prematura ainda, mas me parece que suas músicas têm uma certa repetição, os riffs não mudam muito, não há melodias facilmente identificáveis, o vocal não faz questão de se apresentar muito diferente a medida que as faixas vão passando, e tudo isso sem muita sutileza, na base das guitarras altas - e esse conjunto, que normalmente seria motivo de desgosto, tá tendo o efeito contrário comigo: o disco soa hermético, intricado, difícil de penetrar e entender exatamente porque ele soa legal. Como se fosse um desafio. Tá sendo interessante por enquanto tentar decifrá-lo, mas em breve uma das alternativas vai prevalecer: ou vou passar a gostar bastante, quando (e se) entendê-lo; ou vou descobrir que o disco é um saco, e jogar as mp3 na lixeira.




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