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Introdução ao Britpop

Essa é a nova coluna do Dying Days. E é sobre britpop. "Ah, Oasis, Verve e Blur", diriam os menos informados. Mas pop sempre foi feito no Reino Unido. Então, essa coluna abordará toda a história do rock inglês (inglês e britânico, com bandas também da Escócia, País de Gales e Irlanda): desde Beatles a Coldplay, passando por Clash e Smiths.

Tudo começa com os Beatles, pra variar. No fim da década de 50, o rock 'n' roll americano turbinava na cabeça de adolescentes filhos de operários naquela ilha no meio do Atlântico. Chuck Berry, Bill Haley e, principalmente, Elvis Presley, eram a onda do momento. Os jovens John Lennon e Paul McCartney apenas aperfeiçoaram a idéia.

Um conjunto de guitarras! Hoje é banal, mas na época era pura ousadia. Tanto que os Fab Four foram recusados pela gravadora Decca, antes de assinarem com a EMI (depois da beatlemania, a Decca tentou consertar a burrada, contratando os "Beatles do mal" Rolling Stones).

Começaram a estourar vários grupos, como Animals, Kinks e os ótimos Stones e Who. Os Beatles? Cada vez melhores! A partir de 1965 deixaram de lado as músicas bobinhas, para entrar em trips existencialistas, letras sobre drogas e arranjos elaboradíssimos (em 66 pararam de se apresentar ao vivo, tornando-se brilhantes instrumentistas).

Ainda em 65, um americano made in California, líder de um grupo que só escrevia surf songs sobre carrões e garotas, enlouqueceu ao ouvir a obra-prima Rubber Soul. Esse rapaz, Brian Wilson, assinou o sensacional Pet Sounds, transformando os Beach Boys na banda americana mais inglesa de todos os tempos. Os Beatles continuaram perfeitos (Revolver, White Album, Abbey Road) até o fim, em 70.

Outras bandas começaram a surgir. Algumas pesadas, como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, e as psicodélicas/progressivas, Yes, Jethro Tull e Pink Floyd (liderados pelo genial Syd Barrett e depois, por Roger Waters). Em 77 o punk estoura com os Sex Pistols, seguidos por Clash, Jam e Buzzcocks.

Com o fim dessa mania, surge o pós-punk, com bandas ainda melhores: Joy Division, Police, U2 (o primeiro disco desses caras é demais), The Cure, New Order, Echo & The Bunnymen, Smiths, e, mais tarde, Jesus & Mary Chain.

A seguir, um breve período de marasmo. Em 90, os escoceses do Teenage Fanclub mostram que havia alguma coisa acontecendo na ilha. Em 94, estouram os ótimos Oasis, Blur e Verve. Em 95, o Radiohead (que havia lançado um disco super USA) vira domínio público com o excelente The Bends. Um pouco depois, o Belle & Sebastian se transforma numa das bandas mais cultuadas do planeta com seus dois primeiros discos. E não parou mais: Travis, Manic Street Preachers, Stereophonics, Supergrass, Coldplay, Muse e muito mais.

Bem, com tudo isso, não vão faltar histórias por aqui. Boa viagem.

TEM QUE OUVIR:

Beatles - While My Guitar Gently Weeps
Beach Boys - God Only Knows
The Who - Won't Get Fooled Again
Smiths - How Soon Is Now?
Oasis - Live Forever
Blur - The Universal
Radiohead - Bones

Jonas Lopes, 18, é auxiliar de escritório, aspirante a músico e apaixonado por Rock N'Roll.