Apesar
da curta discografia, o Explosions in the Sky já é
considerado pela grande maioria dos fãs de post-rock
como um dos grandes nomes do gênero. A banda alcançou
este posto graças a dois discos excepcionais, que trilham
basicamente o mesmo caminho do Mogwai (outro ícone
do estilo) no que diz respeito as características básicas
de sua música, mas que lhe conferiram personalidade
própria e uma legião de admiradores obstinados.
A história do Explosions
começa em Midland, no Texas, onde Michael James, Mark
Smith e Munaf Rayani - todos
tocavam guitarra - conheciam-se desde a infância. Apesar
disso, a banda nasceu somente em Austin, para onde os três
se mudaram posteriormente. Lá conheceram
o baterista Chris Hrasky, que havia colocado um anúncio
em uma loja de discos convocando músicos para formar
uma "sad, triumphant, rock band".
A partir de abril de 1999,
os quatro começaram a ensaiar juntos, e depois de uma
sessão feita no 4 de julho daquele ano (dia da independência
americana), surgiu a idéia de nomear a banda de Explosions
in the Sky. A essa altura, Michael já havia assumido
o baixo e cada vez mais a banda ia ganhando forma, a medida
que os quatro amigos percebiam que havia um entrosamento natural
e uma forte identidade entre eles.
A primeiro apresentação
para uma audiência aconteceu em agosto de 1999, mas
pode-se dizer que o primeiro show de verdade aconteceu no
festival Emo's, em Austin, em janeiro de 2000. Um dos espectadores
da apresentação da banda neste festival era
a diretora de filmes independentes Kat Candler, que se encantou
com a banda e pediu a eles que gravassem a trilha de seu novo
filme, "Cicadas", que estava em produção.
A banda topou e gravou então aquilo que seria seu primeiro
álbum, "How Strange, Innocence". Este disco
não teve muita circulação (foram editadas
somente 300 cópias, pelo selo Sad Loud America) e muitas
vezes nem é reconhecido como o debut do Explosions
in the Sky, mas hoje suas poucas cópias existentes
são itens valiosos, e muitos fãs considerem
este o melhor trabalho do Explosions.
Em agosto de 2000, a banda
assinou contrato com a Temporary Residence Limited Records.
Jeremy DeVine, dono do selo, ficou encantado
ao ouvir uma fita com algumas canções do grupo,
que lhe foi enviada pelos membros do American Analog Set com
um bilhete que dizia "THIS TOTALLY FUCKING
DESTROYS".
Em dezembro de 2000, a banda
inicia as gravações de seu novo disco, que seria
lançado em agosto do ano seguinte sob o título
de "Those Who Tell The Truth Shall Die, Those Who Tell
The Truth Shall Live Forever". A resposta ao lançamento
foi excelente, levando a banda inclusive a fazer sua primeira
turnê na Europa, em dezembro de 2001.

O Explosions in the Sky em ação
No começo de 2002, a
banda decide se mudar de volta para Midland, por motivos operacionais.
Logo depois volta a tocar pelos EUA divulgando seu trabalho,
fechando o ano com mais uma viagem a Europa, onde tocam em
um maior número de países e gravam em Londres
com John Peel. A banda toca também duas noites em Taiwan,
levando seu som ao reconhecimento em escala mundial.
Em 2003, o Explosions in the
Sky lança um novo disco, "The Earth is Not a Cold
Dead Place", que estabelece definitivamente o grupo como
um dos principais nomes do post-rock, ao lado de Mogwai, Godspeed
You Black Emperor e Tortoise. O álbum, formado por
5 músicas de beleza assombrosa, é aclamado por
crítica e público.
Em 2004, a banda participa
de dois projetos: uma coletânea da Temporary Residence
Limited chamada "Thank you", e a trilha sonora do
filme "Friday Night Lights", de Peter Berg.
Em outubro de 2005, a banda
solta na praça dois novos filhotes: o EP "The
Rescue", lançado pela série Travels in
Constants, que já teve colaboradores como Papa M, Low
e Will Oldham, e uma segunda edição de seu disco
de estréia, "How Strange, Innocence", com
nova arte gráfica e remasterizado. O Explosions in
the Sky atualmente está se dividindo entre shows e
a gravação de um novo LP, cujo lançamento
está previsto para o segundo semestre do ano que vem.
Fabrício Boppré
nov/ 2004
Atualizado em nov/2005
|