Esta é a versão antiga da Dying Days. A nova versão está em http://dyingdays.net. Estamos gradualmente migrando o conteúdo deste site antigo para o novo. Até o término desse trabalho, a versão antiga da Dying Days continuará disponível aqui em http://v1.dyingdays.net.


discografia,
letras e reviews:

* principal
* Buffalo Springfield
* CSN&Y

Home | Bandas | Letras | Reviews | MP3 | Fale Conosco
Review: Freedom

avaliação:

A década de 80 foi sem sombra de dúvida digna: digna de se esquecer. Principalmente para Neil Young que tinha acabado de reincidir seu contrato com a Reprise, devida sua falta de liberdade. Isto acabou levando a assinar com a gravadora Geffen que o recebeu de braços abertos, mas foi justamente neste período que o canadense resolveu inovar, o que acabou resultando nos discos mais vergonhosos de sua carreira.

A começar pelo álbum Trans onde usa e abusa de recursos eletrônicos com resultado bastante aquém do esperado. Isto sem contar os fraquíssimos Everybody's Rockin', Old Ways, Landing on Water e Life, que mesmo com a colaboração do Crazy Horse acabou não chegando a lugar algum. Este insucesso levou inclusive a David Geffen (dono da gravadora) processar o cantor pelo fato de ele não estar "sendo ele mesmo".

Tanta divergência fez com que Neil surpreendentemente retornarsse a Reprise e gravasse This Note's For You, disco onde começava a reencontrar a sonoridade que o consagrou. Mas o grande retorno veio já no fim da década de 80 com o sensacional Freedom, que nada mais é do que uma mistura de toda sua fase áurea lá pelos idos anos 70. Canções como "Hangin' On the Limb"e "The Ways of Love" se encaixariam perfeitamente a sua fase folk de álbuns clássicos como Comes a Time e Harvest. Já faixas como "Don't Cry", "Eldorado" e "On Broadway" relembram a sua época junto ao Crazy Horse. Mas o grande destaque de Freedom é "Rockin' in the Free World" (que o Pearl Jam ocasionalmente utiliza para finalizar suas apresentações) que mostrou ao mundo que o mestre estava de volta. Outro detalhe importante é fato da mesma "Rockin' in the Free World" aparecer em duas versões: uma acústica ao vivo e outra elétrica gravada em estúdio, repetindo assim a fórmula do hino "Hey Hey, My My" do álbum Rust Never Sleeps.

Com a moral reabilitada, Neil se junta aos comparsas do Crazy Horse no inicio da década de 90 para gravar outro grande álbum, o fenomenal Ragged Glory, mas isto já é outra história...

Bruno Lisboa