Nick
Cave é um dos artistas mais singulares da atualidade.
Sua voz e seu talento como compositor fazem com que suas canções
arrebatem fãs dos mais variados estilos musicais. Suas
letras possuem forte inspiração religiosa e
são verdadeiras batalhas entre o desespero e a devoção,
o amor e o ódio, a vida e a morte. Temáticas
que remetem aos mais antigos blues, grande influência
artística de Cave.
Primeiros anos e The
Birthday Party
Nicholas Edward Cave nasceu
na Austrália, na cidade de Warracknabeal, em 22/09/1957.
Na adolescência, estudou no Caulfield Institute Technology,
onde conheceu o multinstrumentista Mick Harvey. Juntos formaram
The Boys Next Door, fortemente inspirados em outra banda australiana
da época: The Saints. Logo depois se juntaram a eles
Tracy Pew (baixo) e Philip Cavert (bateria). Em 1978 lançaram
o single "These Boots Are Made For Walking", inspirado
na canção homônima de Nancy Sinatra. No
ano seguinte, mais um integrante se une à banda, o
guitarrista Rowland S. Howard. A banda começa aos poucos
a ficar conhecida pelos seus shows nos bares e casas noturnas
da Austrália. Neste mesmo ano lançam o primeiro
e único álbum "Door Door", que não
faria justiça as perfomances ao vivo da banda. A banda
ainda gravaria na Austrália um EP chamado "He-Haw",
e em fevereiro de 1980.
Logo em seguida, os quatro
decidem se mudar para Londres, mas não sem antes mudar
o nome da banda para "The Birthday Party", lançando
em seguida um novo disco com o mesmo nome. Interessante notar
que algumas cópias saíram com o nome antigo
da banda: "The Birthday Party by the Boys Next Door".
Essas cópias se tornaram hoje em dia objeto de colecionador.
Já estabelecidos em Londres, a banda inicialmente causa
um certo estranhamento na cena roqueira local, dominada na
época pelos devaneios do pós-punk. O som visceral,
mais para a total cacofonia do que para qualquer outra coisa,
e as apresentações caóticas da banda,
pareciam fora de lugar e tempo. No início de 81 eles
assinaram um contrato com o então desconhecido selo
4AD, que depois revelaria ao mundo bandas como o Pixies. Pelo
selo, a banda lançou os discos "Prayers on Fire"
em 1981 e "Junkyard" em 1982. Neste mesmo ano, fazem
uma lendária turnê pela Alemanha tendo como show
de abertura a banda industrial Einstüzende Neubauten,
do guitarrista Blixa Bargeld, que se tornaria grande amigo
de Cave e futuro colaborador do Birthday Party e guitarrista
do Bad Seeds. Ainda em 82, mais uma vez a banda decide mudar
de ares e vai morar em Berlim, em parte pela boa recepção
da banda na cidade, mas também devido à perseguição
da polícia londrina - o baixista Tracy Pew chegou a
ser preso por dirigir alcoolizado - e, principalmente, pela
maior tolerância das autoridades alemãs em relação
a viciados em drogas. Lá gravam os Eps "The Bad
Seed" e "Munity!", e resolvem se separar no
final de 1983.
O início dos
Bad Seeds
Cave volta para Austrália
e desaparece por uns tempos. Em 1984, Harvey consegue convencer
Cave a sair do seu auto-exílio para formar mais uma
banda, chamada de The Bad Seeds (nome tirado de um filme homônimo,
de 1956). Estão na banda também: o guitarrista
Blixa Bargeld, Barry Adamson (multinstrumentista, ex-Magazine,
que apareceu no disco "Junkyard" do Birthday Party),
Anita Lane (poetisa) e Hugo Pace (guitarrista).

Cave e uma das formações do Bad
Seeds
Nesse mesmo ano, Cave muda-se
para Los Angeles, juntamente com Mick Harvey. Nick se envolve
com a produção de um filme, “Ghosts...
Of The Civil Dead”, para o qual escreveu o roteiro e
a trilha sonora. O filme foi dirigido por Evan English e John
Hillcoat, e foi lançado apenas em 1988. Lançam
o disco "From Her to Eternity" ainda em 1984, um
álbum difícil que ainda guarda grande influência
musical do Birthday Party. A faixa-título é
uma das músicas que mais se destaca, além do
cover de Elvis Presley, "In The Ghetto". As intensas
e dramáticas interpretações de Cave começam
a ficar famosas mundo a fora. Tracy Pew, ex-Birthday Party,
participa da turnê australiana tocando baixo. No final
do ano, Cave resolve se estabelecer definitivamente em Berlim,
para escrever seu primeiro livro "And The Ass Saw The
Angel", que seria lançado apenas em 1989.
No ano seguinte, Nick reúne
o Bad Seeds, já sem Anita Lane, para a gravação
de um novo trabalho, "The First Born Is Dead", título
vindo da fascinação de Nick Cave pelo “rei”
Elvis Presley, principalmente em relação a um
fato pouco conhecido de sua vida: Elvis tinha um irmão
gêmeo, que morreu logo após o parto, e aí
está o motivo do título (“O primeiro a
nascer está morto”). O disco, fortemente inspirado
no blues clássico, demonstra uma evolução
sonora dos Bad Seeds, que deixa de ser uma mera continuação
do Birthday Party para ser uma banda com características
e idéias próprias, soando mais linear e “limpa”
do que esta, mas sem deixar de lado sua faceta mais experimental.
“Tupelo”, seu maior destaque, é inspirada
em uma composição do bluesman John Lee Hooker,
influência declarada de Cave, e narra o nascimento de
Presley e seu irmão.
Em 1986, já com o baterista
Thomas Wydler (ex-Die Hault), lançam o álbum
de covers "Kicking Against the Pricks", primeiro
dos Bad Seeds a ser lançado no Brasil. A seleção
de covers é bastante eclética e se destacam,
"I’m Gonna Kill That Woman" (John Lee Hooker),
"All Tomorrow’s Parties" (Velvet Underground)
e "Hey Joe" (Jimmi Hendrix), que seria a última
gravação do baixista Tracy Pew, que morreria
de overdose de heroína pouco depois do lançamento
do álbum. No mesmo ano, lançam "Your Funeral
My Trial" outro título que faz referência
a um blues famoso, agora de Sonny Boy Willianson. Esse álbum
é considerado por Cave sua obra-prima. Originalmente
foi lançado como um álbum duplo com discos de
45 rpm, que totalizava a duração de um disco
comum. Ainda em 1986, mais mudanças no line-up da banda:
Barry Adamson sai para a entrada de Kid Congo Powers (ex-Cramps,
já havia participado de algumas turnês do Bad
Seeds) e Roland Wolf entra para tocar teclado.
No ano seguinte, a banda aparece
em um filme do diretor alemão Wim Wenders, chamado
"Der Himmel über Berlin" ("Wings of Desire"
nos EUA, "Asas do Desejo" no Brasil), tocando as
músicas "The Carny", do disco “Your
Funeral My Trial”, e "From Her to Eternity".
Tender Prey e fase
brasileira
O primeiro álbum com
a nova formação sai em 1988, e é chamado
de "Tender Prey". O disco é considerado,
por muitos de seus fãs, o grande clássico dos
Bad Seeds, onde uma ainda inédita suavidade melódica
se alia perfeitamente ao blues cru e torto dos lançamentos
anteriores. Sobram grandes canções: o hit “Deanna”,
“Watching Alice”, “City of Refuge”,
“Up Jumped The Devil”, além do grande clássico
“The Mercy Seat”, com sua letra brilhante, narrando
os últimos momentos de um condenado em primeira pessoa,
como se o próprio estivesse ali, contando tudo ao seu
lado.
|
Em “Tender
Pray”, Cave demonstrou pela primeira vez sua fascinação
pelo Brasil: o disco é dedicado ao ator Fernando
Ramos da Silva (erroneamente grafado como “Ferdinand”),
que faz o papel principal do filme Pixote, de Hector
Babenco. Fernando havia sido morto pela polícia
de São Paulo no ano anterior e o filme é
um dos favoritos de Cave. Nesse mesmo ano é publicado
um livro de Cave, chamado "King Ink" (cuja
capa é esta ao lado), nome de uma faixa do The
Birthday Party. |
A bem sucedida turnê
de “Tender Pray” veio ao Brasil, em 1989. O motivo
foi, provavelmente, a fascinação de Cave pelo
país: desde que havia assistido Pixote, o líder
dos Bad Seeds desejava vir ao país. Durante sua estada
no país, conheceu a brasileira Viviane Carneiro, por
quem se apaixonou profundamente. Os dois se casaram, o que
ocasionou mais uma mudança na vida de Nick Cave: depois
de morar em Melbourne, Londres, Los Angeles e Berlim, o artista
veio morar em São Paulo. Ainda nesse ano, participou
de um tributo a Neil Young chamado "The Bridge",
onde regravou a música "Helpless".
No ano seguinte, os Bad Seeds
lançaram o disco "The Good Son", gravado
nos estúdios Cardan, em São Paulo, e mixado
em Berlin. O disco apresenta uma mudança radical no
estilo de Nick Cave: ao invés da ira e da “escuridão”
dos trabalhos anteriores do artista, nesse o que se sobressai
são as belas melodias no piano, pontuadas por violinos,
em canções melancólicas e, de certa forma,
bem mais convencionais do que as de “Tender Pray”.
Como de costume, grandes canções são
mostradas no trabalho: “The Weeping Song”, “Lucy”
e a faixa-título são ótimos exemplos.
Apesar de ser um belíssimo disco, não foi bem
recebido pelos fãs mais xiitas, que estranharam muito
esse novo rumo que Cave tomava.
Em 1992, os Bad Seeds voltam
a Europa, e sai o sétimo disco da banda, "Henry’s
Dream", disco muito diferente de seu antecessor, graças
a sua sonoridade mais pesada e rock, lembrando um pouco “Tender
Prey”. O disco possui várias excelentes canções,
como "Papa Won’t Leave You" e "Straight
To You". Mais uma vez o line-up da banda sofre mudanças:
o Bad Seeds agora era formado por Nick Cave, Blixa Bargel,
Mick Harvey, Thomas Wydler, Martin P. Casey e Conway Savage.
A turnê desse trabalho resultou em um disco ao vivo,
lançado no ano seguinte com o nome de "Live Seeds".
Esse disco foi lançado juntamente com uma edição
especial que acompanhava um livreto de fotos tiradas por Peter
Milne da turnê de 92/93, em comemoração
aos 10 anos da banda.
Em 1993, a banda contribui
para a trilha sonora do novo filme de Wim Wenders, "Faraway,
So Close" ("Tão Longe, Tão Perto"
no Brasil), continuação de "Wings of Desire".
As faixas são “Faraway, So Close!” e “Cassiel’s
Song”.
Sucessos radiofônicos
Em 1994, sai “Let Love
In”, sétimo disco de estúdio dos Bad Seeds.
Esse é um dos grandes momentos da carreira deles, utilizando
uma linguagem mais pop e, finalmente, deixando de ser um privilégio
exclusivo de europeus e australianos (e brasileiros, de certa
maneira). Nick Cave acabava de se divorciar de Viviane, e
esse descontentamento com o amor e com a pessoa amada é
uma das principais facetas do álbum, claramente visível
em faixas como “Ain’t Gonna Rain Anymore”
e “I Let Love In”. Mas a faixa mais conhecida
do álbum é a satânica “Red Right
Hand”, onde Cave descreve com todos os detalhes possíveis
ninguém menos do que o Coisa-Ruim, chegando a dar até
calafrios em quem ouve a música. Outras faixas de destaque
são a obsessiva “Do You Love Me (Part 1)”,
a pesada “Loverman” (que, recentemente, foi gravada
pelo Metallica) e a deliciosa balada kitsch “Nobody’s
Baby Now”, descendente direta de “The Good Son”.
Em 1995, Nick Cave grava uma
música para a trilha sonora do filme "Batman Forever"
(a música chama-se "There Is A Light"), e
participa do Festival Lolapalloza, fazendo uma longa turnê
pelos EUA, consolidando a popularidade de “Let Love
In” no rico mercado americano.
No
ano seguinte Cave volta a Londres para gravar e lançar
o disco "Murder Ballads". É um álbum
conceitual sobre morte e assassinato, que tem como destaques
as músicas "Where The Wild Roses Grow"
e "Henry Lee". As cantoras Kyle Minogue e
PJ Harvey participam respectivamente destas duas canções,
e o álbum acaba fazendo um grande sucesso, também
junto ao público que não conhecia Nick
Cave e o Bad Seeds antes. |
Cave com PJ Harvey |
Os dois duetos são os
maiores sucessos de Nick Cave tanto na Europa quanto na Austrália.
Nesse disco, dois novos integrantes aparecem na banda: Warren
Ellis (ex-The Dirty Tree, violinista) e Jim Sclavunos (ex-No
Wave, percussão).
Nesse mesmo ano, uma faixa
de "Let Love In", "Red Right Hand" é
incluída no CD da trilha sonora do seriado americano
"The X Files". Detalhe: essa música foi a
única do CD realmente utilizada no programa. Ela acaba
se tornando uma das músicas mais conhecidas de Nick,
principalmente nos Estados Unidos, tanto que foi incluída
na trilha sonora de vários filmes americanos, incluindo
Pânico 1 e 2, Debi Loide, O Mentiroso, entre outros.
Ainda em 1996, o Bad Seeds
participa da trilha sonora de mais um filme, "To Have
and To Hold" de John Hillcoat. É lançado
um novo livro de Cave, chamado de "King Ink II",
outra coleção de letras e poesias. Para terminar
o ano, Cave é indicado ao prêmio de "Melhor
Artista Masculino" da MTV, mas não aparece a premiação,
pois não considera este um verdadeiro prêmio
artístico.
Duas obras-primas suaves
O sucessor de “Muder
Ballads”, “The Boatman’s Call”, foi
lançado no ano seguinte, 1997. É um grande trabalho,
sem sombra de dúvidas, mas causa até um certo
estranhamento a quem conhecia o resto do trabalho de Cave,
por ser um disco sem par na carreira do artista. A diferença
é visível em suas melodias suaves e às
vezes até doces, tocadas ao piano por um Cave estranhamente
contido e calmo. É, de certa forma, mais simples, melancólico
e liricamente suave do que o antecessor. Há um boato
de que ele foi gravado logo após o suposto relacionamento
de Cave e PJ Harvey acabar, o que explicaria de certa forma
a forte carga romântica do disco.
Uma análise superficial
pode mostrar que o disco é uma antítese de “Let
Love In”, pois Nick Cave se rebaixa ao amante submisso
a uma amante etérea, divina e infalível durante
várias passagens do disco, como na sublime “Into
My Arms” e em “Idiot Prayer”. Mas, ainda
assim, outros momentos acabam colocando em dúvida esse
tipo de afirmação, como a triste e amarga “People
Ain’t No Good”, faixa em que Cave descreve todo
seu descontentamento com as pessoas e com o amor, muitas vezes
com versos sarcásticos e venenosos.
Em 1998, é lançada
a coletânea "The Best of Nick Cave e Bad Seeds",
contendo todos os singles da carreira da banda, excluindo
os de Kicking Against The Pricks. A primeira prensagem deste
álbum contém um disco bônus com uma apresentação
da banda no Royal Albert Hall, em 1997, um dos melhores registros
ao vivo oficiais de Nick Cave. Tanto essa prensagem quanto
o disco simples já estão fora de catálogo,
o que é uma pena, pelo fato dessa coletânea ser
bem abrangente e mostrar as várias facetas da carreira
de Cave, fazendo com os que não estão familiarizados
com a obra da banda conheça um pouco do universo das
sementes malignas.
Após hiato de quatro
anos, Nick Cave voltou à ativa com seu décimo
primeiro álbum de estúdio, “No More Shall
We Part”, em 2001. Além do time que já
fazia parte dos Bad Seeds desde Henry’s Dream e suas
adições posteriores, o line-up da banda recebia
mais dois reforços de peso: as excelentes vocalistas
de apoio Kate e Anna McCarrigle passaram a fazer parte da
banda, fazendo um contraponto feminino aos vocais graves e
sombrios de Cave. Uma curiosidade: Kate é mãe
de Rufus Wainwright, talentoso cantor, compositor e pianista
canadense, que vem recebendo grande atenção
da mídia desde o lançamento de seu segundo disco,
Poses.
Cave no Roskilde Festival, de
2001
|
“No More Shall
We Part” é um dos discos mais religiosos
de Cave, onde o nome de Deus é citado, questionado,
criticado e louvado em grande parte das faixas. Esse
lado mais religioso é mostrado até no
título; o “não devemos nos separar”
não é direcionado a nenhum ser terreno,
mas sim a Deus, como é dito na faixa título.
Além desse lado religioso, o disco apresenta
também algumas letras cortantes sobre as misérias
humanas, como a perfeita “Hallelujah”, além
do onipresente amor, como em “Love Letter”.
Os arranjos privilegiam o piano tocando melodias ora
tensas, ora suaves e delicadas, além do violino
sempre envolvente de Warren Ellis. |
O disco teve uma excelente
repercussão, sendo considerado por muitos o melhor
trabalho de Nick Cave e dos Bad Seeds desde o clássico
“Tender Pray”, um reconhecimento para lá
de merecido. Mas “No More Shall We Part” acaba
não fazendo tanto sucesso quanto “Murder Ballads”
ou “Let Love In”, até por ser bem menos
acessível - apesar de contar com dois singles excelentes,
“As I Sat Sadly By Her Side” e “Fifteen
Feet Of Pure White Snow”.
Nocturama
Após mais de 15 anos de estrada, os Bad Seeds pararam
para descansar, enquanto o “chefe” participou
sozinho da trilha sonora do filme I am Sam (“Uma Lição
de Amor”, aqui no Brasil, estrelado por Sean Penn e
Michelle Pfeiffer, que ainda conta com faixas de Grandaddy,
Eddie Vedder, Ben Folds, entre outros), cantando ao piano
duas canções dos Beatles: “Here Comes
The Sun” e “Let It Be”. Em 2002, se juntaram
de novo para gravar mais um álbum.
No início de 2003, é
lançado “Nocturama”, que mostra, no mesmo
registro, canções tristes levadas ao piano,
no estilo de “The Boatman’s Call”, com rockões
furiosos que lembram muito o início de sua carreira.
O disco vem acompanhado de boas críticas e uma excelente
recepção do público, mas infelizmente
trouxe uma péssima notícia. Ele foi a despedida
de Blixa Bargeld, o único Bad Seed além de Mick
Harvey presente desde a primeira formação. O
guitarrista deixou a banda um pouco antes do lançamento
do disco, após quase 20 anos ao lado de Nick Cave.
Mas em momento algum a saída
de Blixa indica um possível fim dos Bad Seeds. Em entrevista
recente, Cave afirmou ter planos para lançar um álbum
por ano a partir de 2004. Disse também que isso não
era tão difícil de ser alcançado, pois
se escrevesse uma boa canção por mês,
teria um disco de 12 faixas a cada ano. Resta a nós
esperar o que os futuros trabalhos de Nick Cave nos trarão!
Se ele manteve esse nível por 20 anos de carreira,
não é difícil acreditar que irá
manter por mais 30, 40...
Fabricio
Boppre, Saulo Gomes e Francisco Marés de Souza
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