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Review: Vitalogy

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O O Pearl Jam está para completar uma década de carreira, e se destaca por ser uma das mais competentes e bem sucedidas bandas surgidas em meio ao movimento grunge de Seattle, além de ser uma das de maior longevidade. E, por fim, é o único grupo dessa época que conseguiu se livrar (sem afetar sua competência e credibilidade) do estigma de banda grunge, ou seja, o som que eles fazem atualmente não tem rótulo, pelo menos nenhum que seja mais específico do que simplemente rock'n'roll.

Nos cinco irrepreensíveis discos de estúdio que a banda lançou nessa sua primeira década de vida, "Vitalogy" se destaca por ser o mais experimental e com maior sonoridade punk de todos.

O experimentalismo fica por conta de faixas como "Pry, To" (que dizem ser Eddie Vedder cantando o refrão de uma música do Who, sua banda preferida, ao contrário), "Bugs", "Aye Davanita" e "Hey Foxymophandlemama, That's Me". A influência punk é evidenciada em "Spin the Black Circle" (que é uma referência ao fato de "Vitalogy" ter sido lançado primeiramente em vinil) e "Whipping", uma canção que foi composta originalmente para estar no disco anterior, "Vs". Em gravações piratas de shows da banda na época de "Vs", podemos ver que Eddie Vedder e cia já tocavam essa música, com algumas pequenas diferenças, como a ausência do refrão que saiu efetivamente gravado em "Vitalogy".

O disco possui também as já famosas baladas melosas que Eddie Vedder compõe tão bem. São elas: a bela e cadenciada "Nothingman", "Better Man" (que foi composta por Vedder antes de entrar no Pearl Jam, e é uma homenagem a sua mãe) e "Immortality" (que logo foi taxada como sendo uma homenagem ao líder do Nirvana, Kurt Cobain, que se suicidou em abril do ano de lançamento desse disco, 1994 - apesar de Eddie Vedder negar que tenha escrito essa música pensando no falecido amigo).

Outras canções se destacam, como as ecléticas e de influências variadas "Last Exit", "Tremor Christ", "Not For You" e "Satan's Bed". Por último, o destaque do álbum vai para a excelente "Corduroy", uma pérola composta por Eddie Vedder, que possui um trabalho de guitarras excepcional, além de melodia e letra inspiradíssima. Essa é, sem dúvida, uma das melhores músicas do Pearl Jam.

A banda passava por vários problemas na época da gravação desse disco, principalmente aqueles causados pela famosa postura anti-comercial da banda, e talvez por isso esse disco não tenha recebido a devida atenção que merecia, sendo assim não tão bem sucedido comercialmente como os dois discos anteriores do conjunto. Mesmo assim, é um excelente disco dessa excelente banda que protagonizou alguns dos melhores momentos do rock alternativo nessa derradeira década do século XX.

Fabrício Boppré