O
Walverdes - nome tirado do filme "Comando Para Matar",
estrelado por Arnold Shwarzenegger nos anos 80 - foi formado
em 1993 em Porto Alegre por Gustavo "Mini" Bittencourt
(vocal e guitarra), Luís Fernando (guitarra), Luis
Felipe Péres (baixo) e Marcos Rübenich (bateria).
A história da banda começou mais em clima de
festa, quando esses amigos reuniam-se para beber e tocar.
A citação do Ultramen como uma das motivações
para o nascimento do Walverdes é constante. Logo a
banda já tinha uma demo chamada "Lucky Strike
Skywalker" e convites para tocar em festas.
Em 1994, após a saída
do guitarrista Fernando (Mini ficou como guitarrista único),
uma nova demo chamada "Ogânza Bizáza"
foi gravada pelo grupo. A banda passou a tocar mais freqüentemente,
tornando-se famosa pelos shows regados a álcool, e
a ter músicas escaladas em coletâneas Brasil
afora.
O Walverdes lançou mais
algumas fitas demos e fez diversos shows, nos quais intercalavam
a afinação dos instrumentos, cervejas, a escolha
de qual música tocar e as próprias músicas.
Chegou também a figurar em uma coletânea punk/hardcore
de um selo português e fez seu nome no cenário
gaúcho.
Em 1996 surgiu a oportunidade
de lançar um disco pela recém criada Barra Lúcifer
Records. A banda entrou em estúdio para a gravação
de seu primeiro LP sem Luís Felipe, que havia abandonado
o barco, e com o recém integrado guitarrista Giancarlo
Morelli. Mas o trabalho não estava ficando satisfatório
e o Walverdes partiu uma nova tentativa em outro estúdio,
desta vez contando com um novo baixista, Bruno Badia, na época
com somente 16 anos. O resultado também não
ficou com a cara do som da banda, mas acabou sendo lançado
mesmo assim, com uma produção tosca e sem muita
divulgação.
Os três anos seguintes
se passaram com os membros diminuindo o grau de compromisso
com o Walverdes, de modo que eles estiveram por encerrar as
atividades. Gravaram mais algumas músicas em uma demo
chamada "Ao Vivo no Japão" e nada de muito
mais significativo aconteceu nesse período.
Em 1999, Marcos, Bruno e Giancarlo
formaram a banda de apoio de Wander Wildner na gravação
do disco "Buenos Dias", participando também
da turnê de divulgação deste disco. Enquanto
isso, Gustavo tocava com as bandas Tom Bloch e Wafers. Nesse
mesmo período, eles decidiram tocar o Walverdes de
uma maneira mais efetiva. Assim, no começo do ano seguinte,
através do selo independente goiano Monstro Discos,
lançaram o EP "90º", que foi basicamente
gravado naquele período morno compreendido pelos três
anos anteriores. As perspectivas melhoraram e o Walverdes
passou a desfrutar de um maior reconhecimento, atravessando
as fronteiras gaúchas definitivamente. Ainda em 2000,
nova mudança no line-up: Giancarlo saiu para se dedicar
à sua outra banda, o Corrosivos.
Como um trio, a banda fez diversos
shows pelo país e entrou em estúdio para a gravação
do seu próximo disco. Júlio Porto, ex-Ultramen,
colaborou gravando algumas guitarras. O material ainda contava
com o baixo de Bruno Badia.
Para substituir Bruno, que
saiu logo após finalizada a gravação
do disco, entrou Patrick Magalhães. Logo depois, no
mesmo ano, um dos pontos altos da carreira do Walverdes: o
grupo tocou com os americanos do Nebula em São Paulo,
Paraná e Santa Catarina.
Em
2002, finalmente, saiu pela Monstro o disco "Anticontrole",
no qual mostram com muita competência e feeling
o barulho garageiro moldado ao longo de uma década
de trabalho. A primeira prensagem do disco esgotou-se
rapidamente. Também em 2002 gravam uma demo chamada
"Demasiada Seqüela", recheada de influências
reggae e em clima de jam descompromissada, gravada junto
com o percussionista Pedro Damásio. |
Mini no Curitiba Pop Festival,
em 2003 |
Depois disso, o próximo registro
Walverdiano aparece somente em 2005. Depois de finalizar as
gravações com Iuri Freiberger (que já
havia trabalhado com a banda em "Anticontrole")
e masterizar o material com Carlos Freitas no Classic Master
em SP, o Walverdes solta "Playback" em outubro desse
ano. A banda deixou a Monstro Discos e agora está na
Mondo 77, com seu terceiro LP sendo distribuído pela
Tratore.
Alexandre Xavier, Fabricio Boppré e
Natalia Vale Asari
(agradecimentos ao Patrick Magalhães pela conferida
na biografia!)
2003
Atualizado em nov/2005
|