O Weezer foi formado em Los
Angeles em 14 de Fevereiro de 1992 por Rivers Cuomo, Jason
Cropper, Matt Sharp e Pat Wilson. A banda começou a compor
algumas músicas e tocar em pequenos clubes locais. Embora
não tenha conseguido muito destaque no início, a banda seguiu
em frente. Após 16 meses tocando juntos, eles assinam com
a gravadora DGC/Geffen. Na época havia uma verdadeira corrida
das gravadoras para descobrir novas bandas, em grande parte
devido ao sucesso do Nirvana e a conseqüente explosão do rock
alternativo. O Weezer passou um tempo em Nova York, a fim
de gravar o seu primeiro álbum no famoso estúdio Electric
Lady, onde contaram com a produção de Ric Ocasek (ex-The Cars,
banda pop de muito sucesso nos anos 80). Durante as gravações
do álbum de estréia, simplesmente intitulado Weezer, Jason
sai da banda, e é substituído pelo baixista Brian Bell, que
tocava numa banda chamada Carnival Art.
O som do Weezer, rotulado de power pop, é uma mistura
de melodias fáceis, guitarras pesadas e letras inocentes,
combinando em seu som influências do rock de arena dos anos
70 de bandas como Cheap Trick e até Kiss com sonoridades de
guitarra de bandas como o Pixies.
O primeiro disco da banda é lançado em 10 de Maio de 1994,
e foi um sucesso desde o início. Foram lançados três singles
do álbum Weezer: "Undone - The Sweater Song", "Buddy
Holy" e "Say It Ain't So". "Buddy Holly"
ganhou vários prêmios Grammy e MTV Awards naquele ano e o
álbum Weezer atingiu a vendagem de dois milhões de cópias
nos Estados Unidos. Particularmente, os videoclips ajudaram
em muito no sucesso do Weezer. Os vídeos de "Undone"
e "Buddy Holly" foram dirigidos pelo excelente diretor
Spike Jonze, sendo que o de "Buddy Holly" era inspiradíssimo,
fazendo a colagem da imagem da banda em imagens originais
de um antigo seriado de TV americano, Happy Days.
Depois de vários meses em turnê pelos EUA e outros países,
o Weezer resolve parar por um tempo. Rivers ingressou na Harvard
University, Matt e Pat montaram um projeto paralelo chamado
The Rentals (que fez bastante sucesso com a música "Friends
of P.") e Brian voltou a tocar banda em que tocava antes
do Weezer, o Space Twins.
No fim de 1995, eles se reúnem novamente para gravar seu segundo
álbum, que desta vez seria produzido pela própria banda. Em
setembro de 1996, foi lançado o tão esperado segundo álbum
do Weezer, intitulado "Pinkerton". O disco traz
um som um pouco mais pesado que no anterior, embora mantendo
as melodias acessíveis que são uma das marcas registradas
do som da banda. Desse álbum foram lançados três singles:
"El Scorcho", "The Good Life" e "Pink
Triangle".
"Pinkerton" não teve um grande hit e não repetiu
a vendagem do álbum anterior, embora tenha sido bem recebido
pela crítica. A explicação pode estar fato de a banda ter
se recusado a gravar novos videoclips inovadores, uma espécie
resposta do líder da banda Rivers Cuomo aos críticos que consideravam
o Weezer uma banda de uma música só. Quando a Geffen insistiu
e lançou um vídeo para a música "The Good Life",
o momento já não era bom para o rock alternativo, e a MTV
e a mídia em geral deu pouco destaque a banda. O álbum Pinkerton
atingiu a vendagem de 500 mil cópias nos EUA.
Após a finalização dos shows e da promoção de Pinkerton, a
banda embarca em mais um longo período de inatividade, Rivers
Cuomo retorna para Harvard e os outros integrantes passam
a se dedicar a projetos paralelos.
Em 1998, Matt Sharp anuncia sua saída definitiva do Weezer
para se dedicar integralmente ao The Rentals. Para o lugar
de Matt, foi chamado o baixista Mikey Welsh, que tocava na
banda de Juliana Hatfield.
Em 1999 a banda volta a se reunir para ensaiar músicas para
o próximo disco. Em 2000, já com algum material novo pronto,
o Weezer volta a tocar ao vivo, fazendo uma pequena turnê
pelos EUA e posteriormente participando da Warped Tour ao
lado do Green Day. Todos os shows da banda em 2000 tiveram
ingressos esgotados e a expectativa é grande entre os fãs
para o lançamento do terceiro álbum, que é lançado somente
em março de 2001.
Assim como no disco de estréia, o novo álbum é auto-intitulado
(logo em seguida apelidado de Green Album) e foi recebido
com frenesi tanto de público e crítica por ser uma espécie
de retomada do som mais alegre, simples e contagiante (e por
isso mais acessível) do início da carreira da banda. O disco
estréia entre os 10 mais vendidos da parada da Billboard (feito
raro para um disco de rock hoje em dia) e é sucedido de um
grande hit de rádio e MTV, Hash Pipe e mais uma temporada
de shows com ingressos esgotados. Foi a volta por cima do
Weezer, um tanto inesperada e imprevisível, depois de ter
sumido do mainstream por quase cinco anos. Ainda em 2001 a
banda retorna ao estúdio para gravar seu novo álbum. Foram
seções bastante prolíficas, várias músicas foram compostas
e gravadas. No fim do ano, a banda disponibilizou algumas
versões e demos inéditas no website oficial.
O quinto álbum do Weezer, "Maladroit",
foi lançado em maio de 2002, com um sucesso ainda maior que
seu antecessor, atingindo o terceiro lugar na Billboard. Mas
aos poucos, cresce o número de fãs que acham
que a banda não irá mais conseguir atingir o
alto nível dos dois primeiros discos. No verão
americano, a banda entre em turnê ao lado do Strokes,
e logo anuncia um novo disco para breve.
Mas o sucessor de "Maladroit"
só é lançado em 2005, depois de muitas
seções de estúdio. "Make Believe"
divide opiniões: enquanto para alguns é o melhor
disco da banda desde "Pinkerton", para outros trata-se
de um incontestável sinal de decadência. O
primeiro single do novo álbum é emblemático:
"Beverly Hills" é com certeza uma das músicas
de sonoridade mais diferenciada já gravada pelo grupo,
e não foram poucas as críticas negativas. Na
turnê de divulgação de seu quinto disco,
o Weezer toca pelos EUA ao lado de nomes como Pixies e Red
Hot Chili Peppers, e uma vinda ao Brasil vem sendo bastante
comentada.
Alexandre
Luzardo
atualizado por
Fabricio Boppré em junho 2005
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