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Review: Thirteenth Step

avaliação:

Thirteenth Step é o segundo álbum do A Perfect Circle, sucessor de Mer De Noms. Do lançamento de MDN (2000) para cá, a banda sofreu mudanças em sua formação, o que, com certeza, caracterizou Thirteenth Step. Paz Lenchantin (baixo/vocal/violino) juntou-se a Billy Corgan no Zwan, Troy Van Leeween (guitarra/vocal) deixou o A Perfect Circle para integrar o Queens of The Stone Age.

Jeordie White (mais conhecido como Twiggy Ramirez, baixista e principal compositor de Marylin Manson) assumiu o contrabaixo no grupo, e Danny Lohner (antecessor de Troy) assumiu a guitarra. Este gravou a guitarra, junto com Billy Howerdel, em Thirteenth Step, para depois ser substituído por James Iha (ex-Smashing Pumpkins).

Desde o lançamento de Mer De Noms, seu sucesso comercial e de sua turnê, vêm-se esperando o segundo trabalho do grupo. Antes de ouvir ao CD, já lia muitas resenhas dizendo que não se deveria esperar "outro Mer de Noms" ao se ouvir Thirteenth Step. Isso é a mais pura verdade. Do começo ao fim, Thirteenth Step é envolvido por uma atmosfera completamente diferente comparado ao álbum anterior. Primeiro, pelo fato do álbum apresentar muito mais aspectos de "começo, meio e fim", tendo até faixas, digamos, conectivas (vide "Crimes", "Lullaby"), visando dar mais continuidade ao álbum. Além disso, Mer de Noms tem faixas (vide "Judith") que tem o seu peso como característica principal, o que não ocorre em nenhuma faixa do segundo álbum.

Thirteenth Step traz 12 faixas, a faixa que abre o álbum é "The Package", faixa longa, que começa com algumas notas (que fazem lembrar "Over", a faixa que finaliza Mer De Noms), uma bateria leve, caracterizando mais uma percussão, o baixo, tocado melodicamente, para a entrada da voz de Maynard, que mostra seu jeito característico, barroco, de cantar. A faixa segue deste modo até a metade, onde as guitarras entram de modo surpreendente e pesado, seguido por sussurros e "claustrofobias" de Maynard. A faixa continua assim, até acalmar, e ser seguida por a boa "Weak and Powerless", a primeira música de trabalho do álbum.

"The Noose" começa de modo calmo , com a bateria abafada, e instrumental bem colocado. Exibe uma linha vocal muito bem elaborada na música inteira, e chega a emocionar em sua metade, quando o peso das guitarras entra, e a música segue de modo denso até seu fim. Segue "Blue", com um belo arranjo de guitarras e vocal, e um bom refrão. "Vanishing" tem o certo aspecto ,já mencionado. de querer dar continuidade ao álbum, mas mesmo assim não deixa de ser uma bela música com um belo instrumental.

Depois seguem "A Stranger" e "The Outsider", as duas, muito boas, principalmente a segunda, que traz um peso característico e um refrão empolgante. "Crimes", a oitava faixa, é curta, passageira, e não merece nenhum destaque especial. "The Nurse Who Loved Me" é a faixa mais atípica do álbum, uma melodia leve, uma voz suave... enfim, é uma música bonita, mas não chega a emocionar.

"Pet", a décima faixa, é uma das melhores do álbum. Combina bem o peso e a suavidade nos momentos certos, apresenta uma grande dinâmica e um refrão bom. "Lullaby", a penúltima, apresenta uma voz, aparentemente de criança, cantando a melodia de "Pet", e vozes murmurando "go back to sleep...", a faixa liga "Pet" a "Gravity", última faixa do álbum, muito bem colocada, que fecha um álbum ótimo.

Concluindo, Thirteenth Step não é outro Mer De Noms. Definitivamente. Se você espera um álbum parecido com o primeiro, pode se decepcionar. Mas na minha opinião, Thirteenth Step é um grande álbum, e deixa uma grande curiosidade de como poderia ser um terceiro álbum do A Perfect Circle.

Gabriel Tonelo
dez/2003