Jeordie White (mais conhecido como Twiggy Ramirez, baixista
e principal compositor de Marylin Manson) assumiu o contrabaixo
no grupo, e Danny Lohner (antecessor de Troy) assumiu a guitarra.
Este gravou a guitarra, junto com Billy Howerdel, em Thirteenth
Step, para depois ser substituído por James Iha (ex-Smashing
Pumpkins).
Desde o lançamento de Mer De Noms, seu sucesso comercial
e de sua turnê, vêm-se esperando o segundo trabalho
do grupo. Antes de ouvir ao CD, já lia muitas resenhas
dizendo que não se deveria esperar "outro Mer
de Noms" ao se ouvir Thirteenth Step. Isso é
a mais pura verdade. Do começo ao fim, Thirteenth
Step é envolvido por uma atmosfera completamente
diferente comparado ao álbum anterior. Primeiro,
pelo fato do álbum apresentar muito mais aspectos
de "começo, meio e fim", tendo até
faixas, digamos, conectivas (vide "Crimes", "Lullaby"),
visando dar mais continuidade ao álbum. Além
disso, Mer de Noms tem faixas (vide "Judith")
que tem o seu peso como característica principal,
o que não ocorre em nenhuma faixa do segundo álbum.
Thirteenth Step traz 12 faixas, a faixa que abre o álbum
é "The Package", faixa longa, que começa
com algumas notas (que fazem lembrar "Over", a
faixa que finaliza Mer De Noms), uma bateria leve, caracterizando
mais uma percussão, o baixo, tocado melodicamente,
para a entrada da voz de Maynard, que mostra seu jeito característico,
barroco, de cantar. A faixa segue deste modo até
a metade, onde as guitarras entram de modo surpreendente
e pesado, seguido por sussurros e "claustrofobias"
de Maynard. A faixa continua assim, até acalmar,
e ser seguida por a boa "Weak and Powerless",
a primeira música de trabalho do álbum.
"The Noose" começa de modo calmo , com
a bateria abafada, e instrumental bem colocado. Exibe uma
linha vocal muito bem elaborada na música inteira,
e chega a emocionar em sua metade, quando o peso das guitarras
entra, e a música segue de modo denso até
seu fim. Segue "Blue", com um belo arranjo de
guitarras e vocal, e um bom refrão. "Vanishing"
tem o certo aspecto ,já mencionado. de querer dar
continuidade ao álbum, mas mesmo assim não
deixa de ser uma bela música com um belo instrumental.
Depois seguem "A Stranger" e "The Outsider",
as duas, muito boas, principalmente a segunda, que traz
um peso característico e um refrão empolgante.
"Crimes", a oitava faixa, é curta, passageira,
e não merece nenhum destaque especial. "The
Nurse Who Loved Me" é a faixa mais atípica
do álbum, uma melodia leve, uma voz suave... enfim,
é uma música bonita, mas não chega
a emocionar.
"Pet", a décima faixa, é uma das
melhores do álbum. Combina bem o peso e a suavidade
nos momentos certos, apresenta uma grande dinâmica
e um refrão bom. "Lullaby", a penúltima,
apresenta uma voz, aparentemente de criança, cantando
a melodia de "Pet", e vozes murmurando "go
back to sleep...", a faixa liga "Pet" a "Gravity",
última faixa do álbum, muito bem colocada,
que fecha um álbum ótimo.
Concluindo, Thirteenth Step não é outro Mer
De Noms. Definitivamente. Se você espera um álbum
parecido com o primeiro, pode se decepcionar. Mas na minha
opinião, Thirteenth Step é um grande álbum,
e deixa uma grande curiosidade de como poderia ser um terceiro
álbum do A Perfect Circle.