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Review: Jar of Flies

avaliação:

Depois do enorme sucesso de “Dirt”, o Alice In Chains se reuniu durante alguns dias e gravou sete músicas que a princípio ficariam arquivadas, mas por insistência da gravadora, foram lançadas. E deve-se concordar com a decisão, pois o EP mostra um dos melhores momentos do grupo, ainda que diferente do som mais pesado, característica nos dois primeiros LPs “Facelift” e “Dirt”.

Além do estilo quase totalmente acústico, o EP mostra um Alice In Chains experimentando mais, com a presença de vários instrumentos não característicos das composições da banda, como gaita e violino. E é aqui que aparecem as primeiras colaborações de Mike Inez, novo baixista que havia se juntado a banda após a saída de Mike Starr e que fazia sua estréia oficial num álbum do grupo.

O nome “Jar Of Flies” se deve a um experimento científico que Jerry fez quando estava na terceira série, no qual foram dados dois jarros cheios de moscas. Um dos jarros havia sido superalimentado, enquanto o outro havia sido subalimentado. O primeiro prosperou por um tempo, e depois todas as moscas morreram devido à superpopulação. O segundo teve a maioria das moscas vivendo o ano todo. Esse experimento marcou Jerry, que mais tarde na sua vida teve dúvidas em qual caminho seguir: o da música ou da biologia.

O EP começa com a ótima “Rotten Apple”, que tem uma levada mais calma até atingir o seu auge no grande refrão. Em seguida chega uma das mais (senão a mais) melancólicas composições do grupo, tanto na sonoridade quanto na letra direta e sem refrão. “Nutshell” é certamente um dos vários destaques deste álbum.

A próxima composição é “I Stay Away”, na qual se destacam o baixo de Inez e a guitarra de Cantrell criando uma sensação de “mundo girando”, de confusão (que se encaixa perfeitamente com a música), e a grande sacada do violino no refrão, que tornam a composição quase um clássico por si só (e com um vídeo clipe muito bom e diferente).

Logo vem “No Excuses”, uma composição mais animada, que mostra toda a grandeza do grupo, e que possui um clipe um tanto estranho. Depois, o ótimo momento de Jerry Cantrell na instrumental “Whale and Wasp”, que é um curto, mas inesquecível solo.

Seguindo em frente temos “Don’t Follow”, bem experimental utilizando ótimos momentos do vocal de Layne (apesar de Jerry assumir a maior parte dos vocais), e da gaita que se sobressai, encaixando-se perfeitamente com toda a melodia que começa lenta e logo se transforma.

Passados 27 dos 31 minutos do EP (pouco, é verdade), aparece a última composição: “Swing On This”. Esta tem uma presença maior do baixo e é bem descontraída; mas ainda assim é a canção mais fraca (o que não quer dizer que não seja boa). Um bom final para um ótimo álbum.

Enfim, “Jar of Flies” traz uma sonoridade bem diferente dos álbuns anteriores da banda, que parece mais madura. Este é o único EP da história a chegar na 1ª colocação da lista da Billboard e não é de se esperar menos. Com certeza um álbum indispensável para todos que apreciam boa música.

R.
set/2004

>> ver também o review de Eduardo Zulian