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Review: V

avaliação:

Depois de 4 discos praticamente iguais, o Live resolveu ousar. Experimentos novos, com resultados bons e outros nem tanto. A começar pela vinheta "Intro", que abre o disco, carregada de scratches. Mas uma coisa a se notar em V é que as guitarras estão pesadas como nunca. Isso é notável em "Simple Creed", que apesar dos vocais parecerem rapeados, é uma boa música.

Já em "Deep Enough" a coisa desanda. Apesar da boa guitarra, é um arremedo do pior Linkin Park, mas com um refrão excelente (uma judiação). Há ainda uma citação a John Lennon no fim da música. Ruim também é "Ok?", que chega a ser irritante, completamente desnecessária. Mas o pior mesmo é a última canção, não creditada, um Nu-Metal horroroso. Na verdade é uma reediçao de "Deep Enough", com guitarras à Korn (ouçam "Freak On A Leash", ou melhor, não façam isso) e vocais freddurstianos.

Mas também tem muita coisa boa em V. Canções como "People Like You", "Transmit Your Love" e "Nobody Knows" lembram o estilo consagrado da banda, mas agradam. "Call Me A Fool" é uma balada muito legal, com boa letra também. Há também os experimentos que deram certo como na oriental "Forever May Not Be Long Enough" e a ótima "The Ride", que lembra os Beatles por volta de 66, com cítara e tudo.

Duas canções se sobressaem no disco: a excelente "Flow", que começa calminha, cai num peso zeppeliniano e consegue empolgar o ouvinte; a outra é "Overcome", balada linda, que sem querer virou tema da tragédia do WTC, quando foi feito um vídeo caseiro com imagens de bombeiros socorrendo as vítimas, estourando na internet. Aí o Live resolveu fazer a versão oficial, melhor ainda. "Overcome" ainda mostra a habilidade dos caras em fazer sempre pelo menos uma balada perfeita por disco (nos anteriores eram "Dance With You" e "Turn My Head").

Bem, tudo isso compõe o quinto disco do Live. Apesar dos tropeços, vale bastante a pena.

 

Jonas Lopes