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Live foi formado em 1988, na cidade de York, no estado americano
da Pennsylvania. Os quatro integrantes da banda são Ed Kowalczyk
(vocais), Patrick Dahlheimer (baixo), Chad Taylor (guitarra)
e Chad Gracey (bateria). Ainda quando eram jovens, Taylor,
Gracey e Dahlheimer se conheceram no colégio e formaram uma
banda instrumental chamada First Aid. Depois de um tempo,
Ed (que também os conhecia do colégio) se juntou ao grupo,
e após algumas mudanças de nome (passaram por Action Front
e Public Afection), algumas fitas demos e um álbum promocional
financiado pela própria banda ("Death of a Dictionary"),
a banda finalmente assina com a Radioctive.
Em 1991, a banda lança o seu debut, o álbum intitulado "Mental
Jewelry", produzido por Jerry Harrison (Talking Heads).
Foi apenas após a gravação do álbum que a banda resolveu passar
a se chamar Live. Logo de cara, percebe-se que um dos grandes
trunfos da banda são as letras escritas por Ed. O álbum tem
várias canções baseadas nos escritos do filósofo indiano Jiddu
Krishnamurti (principalmente no livro "You Are The World"),
e assim, as letras ganham tons ideológicos e espirituais,
fazendo muita gente comparar o Live com o U2 mais antigo.
Musicalmente, a banda foi logo associada ao REM, devido ao
fato de os vocais de Ed serem parecidos com os Michael Stipe,
além do que a banda também pratica um rock alternativo, com
um certo apelo pop. Destacam-se nesse álbum várias ótimas
canções como "Pain Lies on the Riverside" e "Operation
Spirit (The Tyranny of Tradition)".
O primeiro álbum fez bastante sucesso, mas foi somente com
o disco "Throwing Copper", de 1994, que a banda
ficou conhecida mundialmente. Esse disco vendeu aproximadamente
6 milhões de cópias, alavancadas pelas excelentes canções
existentes no álbum como "Selling the Drama", "Lightning
Crashes", "Shit Towne" e "Stage",
sendo esta última a mais pesada e rápida canção já composta
pelo quarteto. Em 1995, a banda seria escolhida como a melhor
do ano pela revista "Rolling Stone".
Em fevereiro de 1997, lançam o disco "Secret Samadhi",
que não foi tão elogiado quanto os discos anteriores, mas
também fez muito sucesso. Esse novo álbum foi produzido por
Jay Healy, que havia produzido alguns demos da banda no início
de sua carreira. Os destaques ficam por conta das músicas
"Rattlesnake" e "Lakini's Juice".
Já em 1999, é lançado o quarto disco da banda, chamado "The
Distance to Here", que segue a mesma linha dos discos
anteriores. A banda apresenta mais algumas belas canções como
"The Dolphin's Cry" e "The Distance".
Em 2001 a banda volta aos estúdios,
e em 18 de setembro do mesmo ano, lança quinto disco,
chamado simplesmente de "V". Uma das faixas, chamada
"Overcome", é dedicada às vítimas
do atentado terrorista que aconteceu nos EUA uma semana antes.
O trabalho foi produzido por Alain Johannes e Michael Railo
(que toca participa de algumas faixas tocando teclado).
Dois anos depois a banda retorna com "Birds Of Pray",
disco que de certa forma é uma retomada do que a banda
sempre foi, deixando um pouco de lado as experimentações
do álbum anterior. "Heaven" foi o principal
single, enquanto "Like I Do" é destaque,
com sua introdução de guitarra com efeito tremolo.
O álbum repercutiu discretamente nas paradas, principalmente
nos EUA, onde foi pouco notado. No entanto, o Live segue firme
e durante 2003 teve uma das turnês mais bem-sucedidas
de sua carreira. Um dos pontos altos foi o show na Holanda
no final de agosto. A apresentação fazia parte
do Lowlands Festival, onde o Live era o headliner (o Coldplay
tocou antes deles). Mais de 40 mil fãs cantaram junto
seus maiores sucessos. A banda esteve ainda no Brasil, onde
tocou em Brasília e São Paulo, e passou ainda
pela África do Sul, Austrália, Nova Zelândia,
Canadá e EUA.
Fabricio Boppré
atualizado
em dez/03 - AL |