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Review: Dust

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Esse disco foi lançado em vinil em 1985 pela já extinta gravadora Velvetone e encontra-se hoje fora de catálogo. Trata-se de uma raridade praticamente inacessível que só pode ser encontrada em uma Ebay da vida. A única música desse álbum que ganhou uma maior notoriedade foi "The Turning" que acabou sendo relançada no EP 'Other Worlds' e na coletânea 'Anthology'.

Foram eles os responsáveis por fazer o Trees começar a receber o reconhecimento que merecem. "Dust" foi o que colocou a banda mais em evidência, devido à melhor divulgação e a qualidade do disco em si, que é sem dúvida um dos melhores da banda.

As músicas de "Dust" mostram a banda mais madura e competente com relação ao que eles já haviam feito antes. A produção, a cargo de George Drakoulias (que já produziu o Black Crowes), está muito boa e deixa bem evidente a qualidade dos instrumentistas, que realmente são acima da média. Pode se dizer também que o som está mais acessível para o grande público, mas sem que a banda tenha mudado a essência de suas músicas: excelentes canções com bastante melodia e inspiração, cozinha com muito feeling e harmonia (com destaque para a guitarra do excelente Gary Lee Corner) e os belos vocais de Mark Lannegan, sem dúvida um dos melhores que saíram de Seattle nas prósperas décadas de 80 e 90. O hard-rock da banda está um pouco mais cadenciado, sem a energia e o peso dos primeiros discos, acentuando mais as melodias e os arranjos. Mas isso não significa que as guitarras estão menos participativas, muito pelo contrário: o trampo de cordas do álbum está excelente, sempre com bases, solos e riffs incríveis. Todas as 10 músicas são muito boas, com destaque para "Look At You" (supostamente escrita em homenagem à Kurt Cobain, que foi um grande amigo do pessoal do Screaming Trees), a belíssima "Sworn and Broken", "Witness" (possivelmente a mais alegre e pesada do disco), a melancólica "Traveler" e a que fecha o álbum, "Gospel Plow", que possui um excelente trabalho instrumental. Por fim, destaque para a empolgante "Dying Days", que possui solo de guitarra tocado por Mike McCready (Pearl Jam). No final das contas, um belo disco dessa que é uma das mais injustiçadas bandas de Seattle.

Fabrício Boppré