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Review: MACHINA II / Friends and Enemies of Modern Music
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A era "MACHINA" sem sombra de dúvidas foi mais um projeto ambicioso de Billy Corgan. Além disso, essa foi uma era em que os Pumpkins deram mais uma prova de sua total indepêndencia.O projeto de Corgan era fazer de "MACHINA, The Machines of God" um álbum duplo. Mas como "MACHINA" veio depois de um insucesso comercial ("Adore"), a gravadora resolveu não arriscar e acabou não dando o apoio que a banda desejava.

Billy Corgan e banda, em retaliação à postura da gravadora, resolveu espalhar as músicas não aproveitadas em "MACHINA". Essas músicas foram liberadas para alguns fãs da banda com a promessa de que seria divulgada e de que ganhariam o mundo. Com a internet ao nosso lado, as músicas realmente ganharam a internet e conseqüentemente o mundo. O desejo da banda havia dado certo. Assim surgiu "MACHINA 2, Friends and Enemies of Modern Music".

E ele começa com Slow Down, que traz um toque sombrio, bem característico da era "MACHINA". Destaque para o belo solo de guitarra. Vanity segue com a mesma pegada, tudo muito bem "encaixado", guitarra, baixo, bateria e voz.

Saturnine vem com um lado muito obscuro. Sem dúvida, uma das mais sombrias do álbum. Glass Theme (Spacey Version) é bem diferente da original Glass Theme, a começar pela sonoridade. Glass Theme tem o efeito de uma pancada em nossos ouvidos. Energética, totalmente speed metal. Já a Spacey Version é algo mais cadênciado. Enfim, são duas excelentes músicas.

Já Soul Power (James Brown) é um dos pontos negativos do álbum. As guitarras não funcionaram como de costume e o vocal de Corgan se saiu prejudicado com isso.

Cash Car Star é outra música com 2 versões, mas com letras diferentes, mais um dos destaques do álbum. A fúria e a técnica de Chamberlin com também as não menos furiosas guitarras de Corgan e Iha fizeram uma combinação mais que perfeita.

Outro destaque é Lucky 13. Billy está com uma voz irreconhecível. A música começa com Jimmy dando mais uma amostra de todo seu talento imprimindo um ritímo tribal à música que vai ganhando uma força descomunal, com guitarras, bateria, voz, enfim, tudo em perfeita sintonia.

Speed Kills traz uma dose extra de melancolia. If there is a god é outra música com 2 versões. A que traz somente billy com sua voz e piano é a que merece maior destaque. Uma jóia rara.

Dross é uma boa música com destaque para os vocais de Corgan. Real Love é mais uma obra prima de Billy que poderia facilmente estar em "MACHINA, The Machines of God", e se tornar single.

Go também merece destaque pois traz Mr. James Iha no comando dos vocais. Linda e muito cativante. Let me give the world to you foi feita originalmente na era Adore. Uma das letras mais lindas que Corgan já fez. Poética, emocionante, enfim, essa música é mais uma prova do talento inesgotável de Billy.

White Spider, Heavy Metal Machine (version1/alt.mix), Le Deux Machina e Here's To The Atom Bomb são outros destaques negativos do álbum: elas não se encaixaram bem no contexto "MACHINA". Innosense e Home são donas de excelentes arranjos. Blue Skies Bring Tears (heavy version) está muito mais poderosa em "MACHINA 2", com letras diferentes. Aliás, tudo diferente. As únicas coisas semelhantes com a versão de "MACHINA" são o título e parte do refrão.

E claro, não podemos esquecer da segunda versão de Try, Try, Yry. Com letras diferentes das originais, ela é acústica. Uma outra maravilha de música.

"MACHINA 2" é outra obra prima dos abóboras. Uma banda genial, ultra criativa, que, com certeza, foi uma das maiores bandas da história do rock 'n' roll mundial. Uma banda dona de um dos melhores bateristas do mundo (e não é papo de fã não), além de um líder, compositor, produtor, guitarrista, enfim, tudo que uma pessoa pode ser dentro de uma banda, Billy Corgan o foi com uma genialidade única. E somando a isso o talento de James Iha e D'arcy, eles fizeram dessa banda um marco na história da música.

Thiago Salles De Freitas
jan/2004