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Ponto
de partida do chamado movimento grunge, o tosco e deliciosamente
sujo Bleach deixou a marca como o representante punk
no meio da cena metal que estava rolando em Seattle.
Bleach inicia-se com uma paulada clássica, Blew, sempre
tocado ao vivo pelo grupo, até mesmo depois do sucesso.
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Floyd The Barber também vem
pesada, com a bateria especialíssima de Dale Crover, que tocou
em outras duas músicas do disco. Aliás, vale lembrar que aqui
neste primeiro disco, o baterista do Nirvana era Chad Channing
e não David Grohl (é sempre bom lembrar).
About A Girl é a mais conhecida
de Bleach, sendo tocada até no acústico do grupo, lançado
em 1994. É a menos pesada do disco, com alguma influência
dos anos 60. Clássica. School tem um riff criativo, uma letra
curta e direta e vocais gritados. Uma das melhores do disco
e, particularmente, uma das minhas favoritas.
O disco segue com Love Buzz,
que havia sido o primeiro single da banda e a metaleira Paper
Cuts. Riffs sabbathianos dominam a excelente Negative Creep.
O Black Sabbath também mostra-se influente em Swap Meet. Scoof
e Mr. Moustache continuam o pique. O disco finaliza com as
também perfeitas Sifting, a marvilhosa Big Cheese e a rapidinha
Downer.
Curiosidades sobre Bleach:
ele foi produzido pelo mestre das guitarras Jack Endino (aliás,
como o caras faz uma guitarra soar tão bem? Titanomaquia dos
Titãs que o diga) com um custo risível de 600 dólares, custeados
pelo guitarrista Jason Everman, que na verdade não tocou no
disco. Mas já que ele financiou Bleach, teve seu nome citado
no encarte.
Enfim, Bleach é um disco
para ser degustado de uma vez, para você fingir tocar uma
guitarra imaginária e, claro, fazer um barulho dos diabos!
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