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Review: A-Sides

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"A-Sides" foi lançado pouco mais de 6 meses após o Soundgarden ter anunciado seu final, fazendo uma retrospectiva da carreira da banda. É um disco que traz todos os problemas de uma coletânea, pois é baseado nos seus maiores sucessos, que não são necessariamente as melhores músicas. E o Soundgarden era uma banda que se caracterizava exatamente pelos bons álbums e não somente por hits. 

Ainda assim, é muito bom encontrar em um mesmo disco músicas como 'Outshined', 'Burden In My Hand' e 'Spoonman'. As cinco primeiras faixas cobrem o início da carreira da banda, de maior influência metal. 'Nothing To Say' do álbum "Screaming Life / Fopp", Flower, do "Ultramega OK" e 'Loud Love', 'Hands All Over' e 'Get On The Snake' do "Louder Than Love". A partir daí aparecem os hits, 'Jesus Christ Pose', 'Outshined' e 'Rusty Cage' de "Badmotorfinger", no período que relembra a explosão de Seattle. Na seqüencia, 'Spoonman', 'The Day I Tried To Live' e 'Black Hole Sun', os maiores sucessos do Soundgarden, na época do "Superunknown". 'Pretty Noose', Burden In My Hand' e 'Blow Up The Outside World' encerram os sucessos de A-Sides, estes de "Down On The Upside", o disco mais recente da banda, de 1996. O álbum ainda conta com 'Ty Cobb', que foi o último single do Soundgarden, lançado somente na Austrália e 'Bleed Together', faixa inédita um outtake das gravações de "Superunknown". Como perdoar injustiças de não incluir nesse álbum pérolas como "Mind Riot", "Head Down", "Zero Chance" e "Switch Opens"? São perguntas como essa acabam recomendando esse álbum somente para aqueles que não conhecem a banda a fundo.

Alexandre Luzardo