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O que andamos ouvindo?


 
Na vitrola de Fabricio Boppré

Stone Roses / "Complete Stone Roses":

Sempre ouvi o pessoal falando do Stone Roses e suas "batidas dançantes" e coisas semelhantes. Como não gosto de dançar e nem de sons do tipo Happy Mondays, nunca liguei muito para a banda do Ian Brown, apesar de ter um CD-R com a coletânea "Complete Stone Roses" em casa, gravada por um amigo. Mas eu tava dando uma segunda chance a eles dia desses e me surpreendi com o que ouvi. Acabei baixando os dois discos principais ("Stone Roses", de 1989, e "Second Coming", de 1994) e duas coletâneas de b-sides e material inédito ("Turns into Stone", de 1992, e o póstumo "Garage Flower", de 1997) e me viciei na banda. Só achei a maioria das baladas bem fraquinhas (uma que eu gosto é Going Down), mas guitarras estridentes e infladas predominam ao longo dos álbuns, o que acaba encobrindo também qualquer lance de "música dançante" que de fato existe aqui e ali. Elephant Stone, She Bangs The Drums, I Wanna Be Adored e So Young são algumas das preferidas. Essa coletânea é bala porque seu tracklist foi muito bem pinçado (todas essas músicas citadas acima estão lá) e veio a calhar: como tô indo viajar nos próximos dias e não dá de levar muitos álbuns ou CD de mp3, este álbum, outrora empoeirado na minha prateleira, tá indo junto.

Mark Lanegan / "Field Songs"

Quando o "Field Songs" foi lançado, eu gostei, mas na época não achei melhor do que o anterior "I'll Take Care of You" (a despeito do fato deste disco só possuir covers) ou do que o clássico "Whiskey for the Holly Ghost", o preferido da casa até então. Mas o tempo evaporou esta impressão, e hoje "Field Songs" é o trabalho solo do Mark Lanegan que eu mais frequentemente sinto vontade de ouvir. Ora delicado, ora amargo, introduzindo de leve alguns elementos mais urbanos e experimentais que são a tônica do seu sucessor ("Bubblegum", lançado este ano), mas com o clima folk desolado e bêbado de seus antecessores ainda mais presente, é um disco brilhante do início ao fim, sem pontos fracos. O vocal sempre soberbo do Lanegan nem precisa ser citado, e a primeira faixa, One Way Street, é tão arrepiante quanto The River Rise. "Fields Songs" tá na mochila junto com o "Complete Stone Roses", para escutar durante a viagem.




 
Na vitrola de V.M.

Arcade Fire / "Funeral" (2004): Fechando 2004, os últimos meses trouxeram uma última mania, direto do Canadá. Esses caras já tinham lançado um EP, que hoje vale fortunas na Ebay, que na época não recebeu grandes atenções. No começo do processo de gravação do debut, dois integrantes se casaram e membros da banda foram surpreendidos por sucessivas mortes de seus familiares. Os ocorridos incidiram diretamente no processo de composição e temos um álbum que faz jus ao seu título. "Funeral" fala sobre morte e sobre o início da maturidade. Ao contrário dos últimos hypes, a banda ganhou notoriedade através da internet, em fóruns, colunas e blogs. Antes que a mídia especializada se desse conta, o álbum já estava em milhares de computadores do planeta, o que derruba qualquer desconfiança do tipo "produto pré-fabricado".

O álbum é uma mistura de muitos estilos, sem levantar bandeiras. Acho que o segredo dele, fora as belas melodias e estruturas das músicas, é a uniformidade de qualidade que percorre o disco todo. Cada faixa tem seu valor individual, seu alvo. Os vocais de Win Butler são vivos, pulsantes e a emoção que Régine Chassagne concede a "In The Backseat" é verdadeira. A temática implacável é representada por ótimas letras, que tomam ainda mais força quando nos damos conta que os autores estavam dentro do que escreveram. E, por mais incrível que pareça, esse "disco de morte" não está debruçado sobre sonoridades góticas ou obscuras, o que seria o mais natural. Um disco intenso, sem muitas regras, contagiante. Pode te atirar.
(Muchas gracias à Peligro, que colocou o disco ne minha casa por R$35,00 + frete).

Até 2005.




 
Na vitrola de Fabricio Boppré

Juliana Hatfield / "Become What You Are":

Ouvindo a discografia da Juliana Hatfield, que veio em um CDzinho de mp3 lá de Porto Alegre (valeu, mano véio!), o disco que eu mais gostei até agora foi o "Become What You Are", o segundo lançado pela moça. Massa o timbre da guitarra que não muda o disco todo, pesadinha pero no mucho, e as canções individualmente são boas o suficiente para segurar essa linearidade. Perfeito para ouvir no trabalho.

System of a Down / "Toxicity":

Constrastando com a meiguice da Juliana, nada melhor que "Toxicity". Faz um bom tempo que eu ouço esse disco regularmente e sem enjoar, acho até que eu já tinha citado ele aqui. É porradaria desenfreada, ardida, que exala uma revolta alucinada e honesta. Discaço de rock pauleira.




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