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O que andamos ouvindo?


 
Na vitrola de Natalia Vale Asari

Modest Mouse - The Moon & Antarctica

Certos discos entram em alta rotatividade na minha vitrola. Às vezes estou muito distraída para prestar atenção nas primeiras audições, outras fico viciada e esqueço que posso ouvir coisas diferentes. Inércia, em outras palavras, muitas das vezes. Neste caso, foi mais do que inércia, foi uma escolha consciente.

Pode-se alegar que a minha decisão foi fortemente influenciada pelos nomes das músicas. Ora, se eu os acho convenientes e lindos ("Third Planet", "Dark Center Of The Universe"), não é isso que me faz gostar da música. Aliás, se eu achasse a música ruim, ter nomes espertinhos ia sair pior ainda para a imagem geral da obra.

Ou talvez seja só a minha queda por sons que têm a pretensão de resumir a vida, o universo, e tudo mais, com todos os barulhinhos colaterais que têm direito. São muitos os lugares estranhos e frios neste disco, como no resto do universo; e extremamente confortáveis. Ou talvez eu não tenha escutado Modest Mouse o suficiente.




 
Na vitrola de Ana

Arcade Fire - "Funeral"

Eu sei. Baixei a pedidos e pq fiquei com vergonha de assumir pra mim e pra quem pegou carona comigo no CRF (carona em dia de sapo é guarda-chuva) que a última banda "nova" que eu tinha ouvido e gostado era o QOTSA. E tem os festivais e tudo, então era mais um motivo.
Daí lembrei q tinha ouvido uma faixa destes caras na rádio do avião entre um Def Leppard e outro (patricinha) e tinha achado massa, viola e guitarra distorcida com batida disco (era "Rebellion/Lies"). Aí baixei. Pior que gostei do álbum. Só não gostei muito the "back seat" nem "kattles" pq são de dormir. Não compraria porque não satisfaz meu padrão mínimo de burrice, mas é um bom álbum sim, pra quem gosta de alguma coisa mais elaborada... lembra um pouco todas aquelas outras coisas que ficam entre Beck e os Wallflowers tocando Heroes. Eu citaria umas coisas mais velhas mas prefiro não correr o risco. ;-)
Não é pra semanas seguidas comigo, mas ...!
(O Vicente vai me matar pela segunda vezdepois dessa)




 
Na vitrola de Ana

Pearl Jam - Rearviewmirror
:-)
Depois de constatar que realmente é verdade que a caixinha de papelão baixa significativamente o preço dos CDs do Pearl Jam quando não tem frescura de empresa no meio da história (esse CD duplo tava custando 11 dólares)(seria ótimo poder voltar a comprar CDs por 10 contos, né)...
A coletânea é legal. BEM legal. Principalmente pra quem empacou nos primeiros discos da banda e não anda curtindo muito o que eles têm feito ultimamente.




 
Na vitrola de Fabricio Boppré

Badly Drawn Boy - "The Hour of Bewilderbeast": Não gostei de tudo que ouvi até hoje do Badly Drawn Boy, mas esse "The Hour of Bewilderbeast", em particular, é ouro. Minhas músicas preferidas se concentram na primeira metade do álbum (Everybodys Stalking, Stone on the Water e Another Pearl), mas o disco é excepcional do início ao fim.

6 Organs of Admittance - "School of the Flower": Não lembro como fui chegar nesse som, mas de qualquer jeito, foi um feliz acontecimento. Trata-se de mais um one man band que preferiu inventar um pseudônimo que mais parece nome de banda do que nome artístico de cantor solo. Mas o som é bem diferente do Badly Drawn Boy; apesar do minimalismo acústico de algumas passagens (como em Words For Two e Lisboa), em outras o cara soa tenebroso, como se fizesse música para um filme tipo "O Exorcista" (como na excepcional Saint Cloud).

Pearl Jam - "Lost Dogs": Passou meio desapercebida essa bela compilação de b-sides do Pearl Jam. Considero este álbum, junto com o também duplo "Live at Benaroya Hall", as duas melhores coisas que a banda lançou desde "No Code" (1996). Como os shows em terra brasilis se aproximam, tá na hora de ir aquecendo. Ao vivo a banda costuma desfilar os clássicos, mas bem que podiam tocar algumas coisinhas deste disco, como Fatal, Strangest Tribe, Drifting e In The Moonlight.




 
Na vitrola de V.M.

Pelican / "The Fire In Our Throats Will Beckon The Thaw" (2005): Escrevi sobre essa banda na lista, fazendo a seguinte comparação perigosa: "O Pelican é o Explosions In The Sky do metal". Perigoso, pois quem curte o EitS vai atrás de emoções à flor da pele, coisa com a qual o Pelican não se relaciona propriamente. Na verdade, trata-se de uma banda de metal que tenta fugir do clichê do gênero, automaticamente cruzando com instrumentação comum à música rock, ou melhor até, ao pós-roque (veja uma imagem dos caras na net: eles parecem pessoas normais ao invés de usarem couro e tarrachas). Eles certamente começaram impulsionados pelo Isis, que embora tenha todo seu estilo particular, ainda está bem enraizado no metal tipo Neurosis e Godflesh. Mas o Pelican, por sua vez, começou a pincelar nesse disco uns pós-roques na tradicional barricada de guitarras, criando um resultado para lá de interessante. São faixas instrumentais (não se ouve um pio em momento algum), longas, mas inspiradas, que dão personalidade à banda, estritamente ligadas ao rolo compressor da pesadeira mas buscando um algo mais. Como banda de pós-roque, passam despercebidos, mas como banda de metal, são uma proposta diferenciada e bem interessante.
Sufjan Stevens / "Illinois" (2005): Ok Chico. Agora Foi. Disco queridinho de 2005 até agora, é mais uma investida da midia "alternativa" em artistas localizados no folk. Não conhecia esse cara até o início do foguetório, mas posso aceitar boa parte das manifestações positivas. Em primeiro lugar, Sufjan Stevens parece um cara que gosta muito de escrever canções. Mas ele não fica nessas de eu e meu violão: ele gosta de encher as faixas com arranjos baseados em vários instrumentos. Isso acontece de uma forma bem convincente, uma vez que as músicas soam muito bem nos ouvidos, cheias de idéias e personalidade - na maioria dos casos, a turma do folk já se contenta com um violão e um banquinho. Os vocais femininos que geralmente dão base para a voz suave do compositor são ótimos, muito bem encaixados. É um disco com resultado pomposo, mas com bom gosto. Só fiquei imaginando uma analogia com o Brasil: o disco faz parte dos planos que Stevens tem de gravar um disco para cada estado norte-americano. Como seria isso no Brasil? Um cantor aí gravando um disco baseado em Tocantins, outro na Bahia e outro em São Paulo?
Wilco / "A Ghost Is Born" (2004): Já aquecendo as turbinas para o TIM Festival. Disco que deu o que falar na época e meio que não desceu delícia aqui. Acho ele meio que uma colcha de retalhos, onde a banda deixa transparecer a ausência do Jay Benneth. Fica tudo na mão do Jeff Tweedy e, mesmo que saibamos que o Wilco não é o tipo de banda preocupada com compromissos comerciais, há uma volta natural ao folk tão enraizado na banda. Aquela desconstrução sensacional de "Yankee Hotel Foxtrot" não aparece aqui, por sinal, o êxito do álbum anterior sofre uma quebra repentina, onde "A Ghost Is Born" entra como proposta inusitada, que não evolui a partir de "YHF" nem volta ao conforto dos discos anteriores. Há aquela idéia de sujar a coisa toda com ruidinhos e esquisitices, mas várias faixas são bastante convencionais no que se refere a Wilco. Enquanto em "YHF" as composições realmente chegavam num contexto indie e, por conseqüência, sofriam uma série de manipulações, em "AGiB", as faixas parecem prontas no meio do processo, recebendo apenas aquele tratamento extra para diferenciar o Wilco de qualquer outra banda folk (ou do que eles eram antes). Uma subversão um tanto burocrática. Ainda assim, é um álbum de excelentes texturas e algumas músicas são especiais. "At Least That's What You Said" tem grandes momentos de guitarras, sujonas, quase um descarrego. "Spiders (Kidsmoke)" tem aquela brincadeira de ficar na batida quase eletrônica para descambar nos guitarraços show do refrão. E "I'm A Wheel" tem letra nonsense, energia - eu espero que eles toquem ela no Rio. Pena que algumas faixas clamam por mais brilhantismo, atributo que o Wilco despejou às ganhas no disco anterior.




 
Na vitrola de Alexandre Luzardo

Novo sistema de comentários: Pessoal, trocamos o sistema de comentários para fugir do limite de 5 por post. Certamente tem discos que merecem um debate mais apurado (Los Hermanos, alguém?). Ainda não deletamos o sistema antigo, mas faremos isso assim que o último post antes da mudança seja "engolido" pelos arquivos. Ou seja, ignorem o sistema antigo, ok?




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