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O que andamos ouvindo?


 
Na vitrola de Ana


McLusky Do Dallas
Sweary kittens.
(Tem gente mais qualificada do que eu pra falar sobre, mas em tempo de vacas magras pra tosqueira... ao menos tem a amostra legal do som, aí)




 
Na vitrola de V.M.

Desde que escrevi recentemente as seções relacionadas com o Mike Patton, desenterrei um interesse antigo em avant-garde que permaneceu em segundo plano por um bom tempo. Já um pouco cansado dessa cruzada por novas bandas (rapaz, a cada dia algum blog revela alguém fazendo algum som que teoricamente vale a pena ser baixado), resolvi dar um tempo e voltar meus ouvidos para meus queridos discos extremos. Não vou entrar muito em detalhes, o post é mais para mostrar que não abandonei a Vitrola:

Naked City / "Naked City" (1989) / "Grand Guignol" (1991): Esses dois álbuns são clássicos do avant-garde, recomendadíssimos para quem é novato e tem curiosidade em entender o gênero. O saxofonista John Zorn lá pelas tantas interessou-se por música pesada e resolveu dar sua versão de como as coisas podem ficar violentas usando recursos de seu meio musical. Reuniu uma banda de jazz (os músicos que formam o NC são tiozinhos de técnica musical impressionante) e, influenciado por artistas como Napalm Death e Carcass, fez um crossover entre jazz, metal e outros inúmeros gêneros musicais. No primeiro disco, o passeio é mais amplo e reconhecível, graças às covers de gente cult como Ennio Morricone e Ornette Coleman. Zorn imortaliza a tendência de aglutinar diferentes estilos musicais em uma única música, saindo de um be-bop para um hardcore em frações de segundos. No meio do disco, os tradicionais ataques do sax de Zorn duelam com os urros epiléticos de Yamatsuka Eye, em pequenos hardcores que deixam muito clara a razão da existência do Fantômas. Já "Grand Guignol" é uma homenagem à casa parisiense da primeira metade do século que foi palco de peças teatrais de horror e subversão. As primeiras faixas são mais climáticas (uma tendência comum nos discos da Tzadik), com destaque para a suite-título. Em seguida, mais uma série de pequenos exercícios extremos com a banda e Eye, um verdadeiro ritual de exorcismo regado a muita técnica e controle musical. Parafraseando Mike Patton: "Essa banda fez o resto do mundo soar gordo e preguiçoso" .

Dois vídeos dos caras:

Com Yamatsuka Eye

Com Mike Patton

Radiohead / "Amnesiac" (2001): Recorri ao álbum porque vi um vídeo do John Frusciante cantando "You And Whose Army?" ao violão. Ao contrário de "Hail To The Thief", "Amnesiac" foi bastante escutado aqui quando saiu, e acho ele um disco com altos e baixos. Melhor: é um disco que em algumas temporadas é imprescindível, em outras, um pouco cansativo. Talvez pelo fato dele dar seqüência ao irretocável "Kid A", e por justamente ser a "raspa do tacho" daquelas seções, há um menor entrelaçamento entre as faixas, resultando em algumas canções não tão fortes assim. Por outro lado, reúne talvez as duas melhores músicas individuais do Radiohead, a citada "You And Whose Army?" e "I Might Be Wrong". E não deixa de representar o forte interesse em eletrônica que trouxe todo o diferencial ao som deles. Portanto, deixemos claro que estamos longe de criticar um disco tão necessário quanto esse, até porque sou muito mais a fase iniciada em "Kid A" do que o próprio "Ok Computer."

Vídeo do Frusciante tocando "You And Whose Army?"




 
Na vitrola de Fabricio Boppré

Supergrass - "Road To Rouen"

O Supergrass nunca me teve como fã, mas lembro que o penúltimo disco deles, "Life On Other Planets", havia me agradado de leve. Daí saiu disco novo e na sequência, elogios efusivos (de fontes confiáveis). Corri atrás, ainda que com certo atraso, e, putz, que disco muito bom mesmo esse "Road To Rouen". Tô tentando acertar aqui de ir ver o Mission of Burma no Campari Rock Festival, e o Supergrass, por causa desse disco, deixou de ser um bônus de luxo para ser outra banda que fiquei muito a fim de ver (só espero que não toquem aquela insuportável Allright).




 
Na vitrola de Alexandre Luzardo

Tenho ouvido poucos discos completos ultimamente, esse é meu primeiro post de 2006 e ainda assim tive dificuldade de separar esses três:

The Strokes - First Impressions of Earth [2006]
Continuando a premissa de abolir preconceitos, peguei o novo do Strokes na intenção de ouvir com alguma atenção. Demorei para ouvir o disco inteiro, tentei umas quatro vezes e não consegui passar da primeira faixa. O motivo não é o imaginado, mas sim porque eu sofro de 'síndrome de repeat' e "You Only Live Once" é uma grande música. O restante achei bem mais ou menos, estou desconfiado que a fraqueza da banda é o vocal, decididamente o Casablancas lá não é muito versátil, acaba ficando tudo meio igual, desinteressante. Mas o guitarrista tem grandes sacadas e os outros caras também andam se puxando.

Juliana Hatfield - Made in China [2005]
Alguém tinha ficado sabendo que essa moça tinha lançado disco novo ano passado? Pois bem, nem eu. E o fato é que ela resolveu aumentar as guitarras de novo, mas dessa vez lembrou de compôr (ao contrário daquele Juliana's Pony, que tem barulho mas faltam canções). O resultado ficou bem, digamos, Veruca Salt, facinho. É do tipo de coisa a se perguntar, será que esse disco não está dez anos atrasado? Conclusão: ouvir sem teorizar em cima, até porque a tese não seria muito favorável. Uma última ressalva, ninguém aguenta mais músicas que fique repetindo "you don't know what is like".

Radiohead - Ok Computer [1997]
Depois de muito tempo (três, quatro anos?) fui ouvir o Ok Computer de novo, com fones. E pô, mesmo depois de muito rodar, a sonoridade desse disco continua absurdamente embasbacante. Se pegar a música feita na década de 90 isoladamente, com início e fim, dá para dizer tranquilamente que o Ok Computer é uma espécie de auge artístico. Melhor não estender, sem teses. =)

Momento reconsiderações: três meses depois estou achando o disco do Wolf Parade realmente ótimo. "Modern World" é a favorita aqui.




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