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Na vitrola de V.M.

Smashing Pumpkins / "2007/05/22 - Le Gran Rex; Paris, FR" [bootleg]: Das duas vertentes que se formaram a partir do anúncio de Bolly Corgan sobre a reforma dos Smashing Pumpkins, encaixei-me na dos fãs que se tornaram céticos a esse respeito. Acompanhando a banda desde o "Gish", tive a sorte de testemunhar no talo todas as agruras e triunfos que marcaram a carreira dos abóboras, ao ponto que por muito tempo (praticamente uma década) essa banda ser hour-concur no meu ranking pessoal. Em 2000, quando penduraram as chuteiras, enxerguei aquela despedida como uma atitude inadiável, aceitando o fato da banda ter cumprido com sua tarefa e nos poupado de discos sem-inspiração que visualizam única e exclusivamente os nossos bolsos. Uma despedida justificada de uma banda inigualável.

Segui em frente com o Zwan e com o disco solo do Corgan. Ao contrário dos que não toleraram o fim dos Pumpkins, aceitei os projetos seguintes com naturalidade, afinal, não havia muito o que se exigir de Corgan e cia. depois dos grandes discos gravados na década passada. O que viesse era lucro, estava valendo. Mas o Zwan não convenceu, foi vítima de boas intenções atravessadas por idéias díspares, difíceis de acomodar em uma única banda. Já o "TheFutureEmbrace", que ocasionou o surpreendente anúncio de retorno dos abóboras, foi uma grata surpresa: um disco bravo, diferente do que se podia esperar e muito sincero. Confesso que volta-e-meia eu torno a escutá-lo, mesmo sabendo que estou entre os 1% dos fãs antigos que o aceitaram numa boa e admitem gostar dele sem ficarem constrangidos por isso.

E então os Pumpkins (ou 50% deles) voltaram, por motivos misteriosos (para mim, bastante questionáveis) e não há nada que se possa fazer a respeito disso. Difícil me convencer que a ausência de 50% da formação clássica não é importante o suficiente para que Corgan e Jimmy continuem representando seu legado, assim como acho que Corgan propôs um desafio temerário, que é escrever discos bons que remetam ao que os Pumpkins tinham de melhor (ele vem tendo dificuldades de fazê-lo desde o "MACHINA"). Mas peguei o bootleg de Paris, de qualidade sonora impecável (há tapers experientes como o dessa gravação que ousam desafiar a superioridade das gravações em mesa de som), e escutei-o nesse fim de semana, deixando meu ceticismo de lado, tentando assimilá-lo de forma neutra, recebendo o som da banda de acordo com o que saía das caixas de som.

No palco, os "Pumpkins 2007" são competentes. Corgan mostrou capricho, sendo meticuloso em suas escolhas para substituir James Iha e D'Arcy (Jeff Schroeder e Ginger Reyes, respectivamente), além de incluir uma tecladista (Lisa Harriton) capaz de traduzir muito bem as sonoridades dos discos no palco. Fugindo um pouco da postura messiânica que marcou as últimas turnês dos "Pumpkins Clássicos", a banda foi direto ao ponto, tocando as músicas com afinco, aproximando-as dos discos (algo que não vinha sendo feito nas turnês pré-suspensão de atividades). Salvo uma ou outra pequena modificação ("Glass And The Ghost Children", "Shame"), os novos Pumpkins se dispuseram a entregar exatamente aquilo pelo que os fãs xaropeavam desde o ano 2000: uma fileira de hits, sem espaço para respirações mais profundas. Se, com esse retorno, o objetivo de Corgan + Chamberlin é atender uma demanda por performances de "Today" e "Cherub Rock", o show de Paris já matou a charada. Entretanto, se com "Zeitgeist", eles querem escrever mais um capítulo na até então encerrada trajetória da banda, há espaço para as dúvidas desses poucos ceticistas que querem acabar com a festa.

Alguma parte do álbum já foi demonstrada na semana que passou e faixas como "Tarantula", "United States" e "Doomsday Clock", embora seja um pouco prematuro para afirmar, parecem se aproximar da linha do "MACHINA" (meu disco menos apreciado do catálogo), ao invés de algo mais memorável como "Jellybelly". Embora carimbado com o inconfundível selo "composed by Billy Corgan", as músicas novas não sugerem algo no mesmo nível de inspiração dos melhores momentos do quarteto. Talvez isso não seja mais necessário, afinal de contas, Corgan e cia. realmente gozam de prestígio irrestrito por seus trabalhos anteriores. Mas talvez isso tudo pudesse estar acontecendo sem que o nome sagrado dos Pumpkins tivesse sido desenterrado, e sem que nós tivéssemos que escutar "Today" e "Stand Inside Your Love" pela enésima vez. Cito isso, claro, porque sou dos que GOSTOU de TheFutureEmbrace.

Ainda acredito que disso tudo pode resultar um disco legal e talvez até um show no Brasil para escutar "Today" e "Stand Inside Your Love" pela enésima vez (que, já aviso, se ocorrer será prestigiado por mim). Mas minha veia cética está tilitando, incansável em suas emissões de sinais que se esforçam em me convencer o contrário.




 
Na vitrola de Ana

Patty Smith - Twelve (2007)
Um disco de covers bem escolhidos, e mesmo os que não são tanto, ficaram interessantes (como Pastime Paradise). Nenhum deles deixa de lembrar que é a Patti Smith... e não um cover qualquer.
Apesar disso, sobre a versão de Smells Like Teen Spirit... para entender o que aconteceu, precisa imaginar o que ocorreria se cruzasse uma versão dos Cowboy Junkies com isto:





 
Na vitrola de Ana

Bandas de meninas
a) meigas - The Pippetes
Headcoatees + LeTigre + o fato de ser anos 2000, porém em estilo "retrô" com vestidos de bolinha.

b) nem tanto - The Bloods
The Bloods é uma banda de pós-punk novaiorquina do começo da década de 80, com uma lista respeitável de contemporêneos com quem tocaram, como The Clash, Johnny Thunders e Gang of Four, e estando próximas de outras garotas típicas como The Slits, Modettes, Au Pairs e Malaria!.




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